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Administração vai exonerar comissionado réu em ação de propina para PM

Órgão informou que serão adotadas providências para exonerar comissionado envolvido em ação de propina de tranporte pirata para PMs do DF

atualizado

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Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Imagem colorida de pessoas embarcando em transporte pirata durante a greve dos rodoviários - Metrópoles
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A Administração Regional do Paranoá informou, na tarde desta quarta-feira (10/7), que serão adotadas as providências necessárias para a exoneração do servidor comissionado Luiz Marcos Rodrigues Saúde. O Metrópoles mostrou que o homem foi nomeado para o cargo após ser réu em processo que apura a presença de um esquema criminoso de exploração do transporte pirata no Distrito Federal.

A decisão ocorre, justamente, para que ele “possa esclarecer as denúncias junto às autoridades competentes”. A Administração Regional do Paranoá também comunicou que “desconhecia os fatos noticiados envolvendo o servidor” e reiterou o compromisso do órgão com a ética e a transparência.

A reportagem tenta entrar em contato, por meio de mensagens e e-mails, com a defesa de Luiz Marcos Rodrigues Saúde nos últimos dias. No entanto, não houve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço será prontamente atualizado caso seja enviado alguma manifestação.

Denúncia de propina

Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) em 2018, um grupo de PMs cobrava propina de motoristas de transporte pirata nas regiões do Paranoá e Itapoã. Com isso, deixavam de autuar os condutores e proprietários dos veículos irregulares.

O MPDFT apontou que o grupo faturava até R$ 30 mil por mês com a prática criminosa. Além dos militares envolvidos, de acordo com a denúncia, havia a participação de civis, o que inclui Luiz Marcos Rodrigues Saúde, que agiam como intermediários junto aos “loteiros” para arrecadação de dinheiro e recebiam em torno de R$ 150 por semana, por veículo.

Três policiais militares foram exonerados da Polícia Militar do DF (PMDF), a bem da disciplina, diante de decisão que os considerou incapazes de permanecer na corporação, sem direito à manutenção de salário. A decisão consta no Diário Oficial (DODF) dessa segunda-feira (8/7).

Além dos três militares excluídos, mais dois policiais eram investigados por fazerem parte do esquema. “Como forma de coagir os loteiros, a organização criminosa também reforçava a fiscalização em relação àqueles que não aderiam ao pagamento da propina, criando profundos embaraços à atividade, retendo documentos por tempo prolongado e aplicando diversos autos de infração de trânsito”, disse na ocasião o promotor Nísio Tostes.

À época, o promotor detalhou ainda que as provas colhidas e as interceptações telefônicas feitas durante a investigação revelaram que, além dos policiais militares denunciados, o líder da organização criminosa, um major da PMDF, recrutou pelo menos outros oito civis.

“Piratas do Asfalto”

O envolvimento de policiais militares com o transporte pirata foi tema de uma matéria especial do Metrópoles. A reportagem apurou que, em 2015, o setor paralelo contava com mais de 10 mil veículos, que movimentavam R$ 3 milhões por dia.

O texto detalha que, com a ajuda de PMs, os motoristas de transporte irregular tinham acesso às rotas de fiscalização assim que as ordens de serviço começavam a circular entre as equipes.

Denúncias feitas à reportagem por militares apontam o envolvimento de colegas. Um dos acusados, inclusive, receberia R$ 1 mil de cada veículo ilegal para garantir “proteção” ao avisar sobre barreiras policiais ou fazer “vista grossa”.

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