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Adiamento do CNU é justo e dá mais tempo para estudo, dizem candidatos

O governo federal adiou a provas após as fortes chuvas causarem morte e destruição no Rio Grande do Sul. Não há nova data para exame

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1 de 1 Candidata - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

“Não vou deixar a peteca cair. Continuarei a estudar. E serei nomeada”, disse a jornalista Camila Bairros (foto em destaque), 27 anos, candidata para o Concurso Nacional Unificado (CNU). As provas foram adiadas por decisão do governo federal, após as fortes chuvas que deixam um rastro de morte e destruição no Rio Grande do Sul.

Camila começou a estudar desde o lançamento do edital. “É meu principal concurso, porque vi nele uma oportunidade de mudar de vida”, afirmou.

Para Camila, o adiamento era inevitável, pelos princípios da isonomia e equidade. Camila largou o emprego para se dedicar 100% ao CNU, e tinha uma viagem internacional marcada logo após as provas.

“Eu já estudei tudo. Estava em revisão. Vou continuar mantendo esse ritmo. Vou viajar e estudar. Vai acontecer tudo junto. Vamos ter mais tempo de estudo para todo mundo”, disse.

Prioridade

Para a candidata e médica-veterinária, Tais de Campos Oliveira Batista, 29 anos, a prioridade do Brasil neste momento não é o CNU, e sim salvar e proteger da população atingida pelas fortes chuvas no Sul.

Segundo Tais, o governo federal se equivocou tanto na demora do adiamento das provas quanto no comunicado sobre o transporte de candidatos nas áreas alagadas.

“Deveriam ser um pouquinho mais firmes e solidários desde o começo, pensando na população do RS, que está inclusa no concurso. Não tem condição de a gente imaginar que alguém consegue fazer uma prova nessa situação. Na minha opinião, a prioridade é salvar essas pessoas. Elas estão morrendo afogadas, estão passando fome, frio, não têm água potável, energia”, assinalou.

Tais começou a estudar em 2023, pensando no Ministério da Agricultura, para a vaga de auditora-fiscal agropecuária, com formação em medicina veterinária. A pasta aderiu ao CNU.

“É uma grande oportunidade. Antes do CNU, eu estaria concorrendo a um cargo no ministério. Agora, estou concorrendo a cinco, na Funai, IBGE, MGI. Amplia o leque para o candidato”, sorriu.

Sonhando com uma carreira policial, a gerente de projeto de marketing Vivian Larrat, 29, começou a se preparar realmente para concurso em 2023. Para a candidata, o CNU seria uma oportunidade para se testar.

“Minha expectativa estava alta para ver o nível de cobrança” argumentou. Para Vivian, o adiamento do CNU foi a decisão correta e dará mais tempo de preparação para os candidatos.

Do ponto de vista Vivian, se as provas fossem realizadas no domingo (5/5), o CNU fatalmente poderia ser anulado por conta de questionamentos quanto à isonomia. “Se mantivessem as provas não seria justo”, concluiu.

Família

A ouvidora Cristiane Rodrigues do Nascimento, de 35 anos, viu no CNU uma oportunidade de conseguir um melhor emprego para criar melhor a família. Ela é mãe de uma jovem de 19, uma adolescente de 16 e um menino de 6.

“Esse era o meu principal concurso estava focada só nele. Eu já tinha me programado para a prova. Mas achei justo o adiamento. Vou focar na disciplina que não estava muito segura, que no caso é matemática”, comentou.

 

 

 

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