Adiado devido à pandemia, PDV da Novacap sai em junho. Meta é desligar 700
Estatal pretende investir R$ 300 milhões em programa. Economia estimada é de R$ 35 milhões até o fim de 2020. Novo concurso pode ser lançado
atualizado
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A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) lançará Plano de Demissão Voluntária (PDV) em junho. A estatal espera alcançar a adesão de 700 dos 2 mil funcionários. Caso tenha êxito, a empresa pública pretende realizar novo concurso.
O PDV da Novacap seria lançado no começo de 2020. No entanto, o projeto foi suspenso em função da pandemia do novo coronavírus e da necessidade de o PDV passar por ajustes junto à Secretaria de Economia.
“Em razão da pandemia houve um atraso. Mas esse processo já estava bem adiantado. Queremos implementar esse PDV a partir da primeira semana de junho”, assinala o presidente da Novacap, Candido Teles (foto em destaque).
Pelas contas da empresa, 45% dos empregados têm mais de 58 anos de idade. A estatal prevê investimento de R$ 300 milhões no PDV. Atualmente, a folha da Novacap consome R$ 26 milhões por mês. “Não temos mais condições de manter isso”, frisa Teles.
Espera-se que o PDV, além de rejuvenescer a empresa, represente o fim dos supersalários. Lembrando: a Novacap aplica o abate-teto. O PDV acontecerá por etapas. Caso o empregado desempenhe uma atividade necessária, estratégica, não será possível a adesão imediata dele ao programa de desligamento.
“Além de pagarmos as verbas rescisórias que o empregado tem direito, por um período ele vai receber um percentual do salário”, salienta o presidente da estatal. De acordo com Teles, o modelo permite ao trabalhador fôlego para reconstruir sua vida profissional.
Economia de R$ 35 milhões
A meta da Novacap é alcançar a economia total de R$ 35 milhões ao final de 2020, somando PDV e outras ações adotadas para sanear os gastos da empresa. A atual diretoria vem buscando acabar com os supersalários, pagos acima do razoável.
“Resolvida a questão do PDV, nós poderemos ver o que efetivamente precisamos”, ponderou Candido Teles. Segundo o gestor, a empresa precisa de novos engenheiros, arquitetos e advogados para executar e fiscalizar obras pelo DF.