Adasa suspende reajuste de 2,99% na tarifa de água
Aumento deveria entrar em vigor no próximo dia 1º. A Caesb está sendo notificada para se manifestar sobre o assunto
atualizado
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A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) suspendeu, nesta sexta-feira (11/5), o reajuste de 2,99% na tarifa de água previsto para entrar em vigor no próximo dia 1º. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) está sendo notificada a fim de que a estatal se manifeste a respeito do assunto.
No último dia 2, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) questionou o aumento e determinou que a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) pedisse à Adasa para barrar a correção.
O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, concedeu efeito suspensivo ao recurso interposto pela PGDF até que a diretoria colegiada da agência decida sobre o mérito do processo.
A Caesb pediu reajuste de 10,47% nas tarifas sob a alegação de recompor as perdas da empresa em função da queda de arrecadação por conta do rodízio de água na capital do país. A companhia assegura ter registrado diminuição de 34,8 milhões de metros cúbicos no consumo do recurso hídrico em 2016 e 2017, o que teria representado um impacto negativo de R$ 155,7 milhões em sua receita.Além da queda da receita, a empresa teve aumento de gastos com o racionamento, uma vez que precisa fazer ajustes diários no sistema para desligar e religar os registros, e isso mobiliza grande parte de sua mão de obra. A Adasa, entretanto, só autorizou o índice de 2,99%.
Conforme informou a Caesb ao Metrópoles, por meio de nota, “o reajuste anual é previsto em contrato e a companhia executa tarifa autorizada pela Adasa”.