metropoles.com

Adasa quer reajuste de 5,6% na conta de água. Será o 2º neste ano

Agência faz audiência pública na terça-feira (16/4) para discutir o assunto. Se aprovado, aumento começa a valer em junho

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Tony Winston/Agência Brasília
Barragem-descoberto-março-do-ano-passado
1 de 1 Barragem-descoberto-março-do-ano-passado - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Prepare o bolso. A conta de água, que teve aumento recente, corre o risco de ficar ainda mais cara neste ano. Na próxima terça-feira (16/4), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) discute o assunto em audiência pública. Caso a proposta do órgão seja aceita, a tarifa cobrada pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) pode ser corrigida em 5,6%. O percentual é maior que os 3,8% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulados nos últimos 12 meses.

Os novos preços, caso aprovados, passam a vigorar no período de 1º de junho de 2019 a 31 de maio de 2020. Seria o segundo reajuste do ano. Desde 1º de abril, o valor pago pelo consumo de água ficou 2,99% mais caro.

O percentual havia sido definido pela Adasa em abril de 2018 sobre pedido de correção de 10% da Companhia de Saneamento Ambiental. Deveria ter entrado em vigor em junho daquele ano. Após o então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) questionar a medida em função do racionamento, os acionistas da Caesb se reuniram em assembleia geral extraordinária e decidiram por adiar a data para aplicação do novo índice.

Em junho de 2018, após um ano e cinco meses de restrição, o governo suspendeu o racionamento. No período, os brasilienses enfrentaram rodízio, pelo qual, a cada seis dias, ficavam 24 horas desabastecidos.

Em ano eleitoral, o governo não só acabou com o racionamento como preferiu não repassar a correção aprovada pela Adasa, que foi aplicada neste ano. A Caesb calcula perdas financeiras que somam R$ 100 milhões em decorrência da crise hídrica. Além disso, de acordo com a empresa, a defasagem da tarifa provocou desequilíbrio em suas contas e a consequente redução na capacidade de investimento.

A Caesb acumula dívidas superiores a R$ 1 bilhão. O presidente da empresa, Fernando Leite, reafirmou que “a atual gestão está empenhada em ações para superar a crise financeira e levar a estatal novamente ao patamar de melhor empresa de saneamento do país”.

E a companhia não é a única que enfrenta dificuldades no caixa. O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, em fevereiro deste ano, que estuda a privatização parcial da Caesb e da CEB em função da situação delicada das estatais.

Ele afirmou que analisa a venda de parte das ações, sem perder o controle das empresas, para recapitalizá-las e garantir melhoria de serviços à população. O anúncio surpreendeu os servidores das empresas, uma vez que durante a campanha eleitoral, o emedebista garantiu que não privatizaria as companhias brasilienses.

Enquanto a Caesb presta os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, os reajustes e revisões ficam sob a responsabilidade da Adasa. O percentual que será discutido neste ano foi proposto pela agência.

Atualmente, o custo normal para uma faixa de consumo residencial até 10 metros cúbicos é o de R$ 3,04 e R$ 2,28, para tarifa popular. Com o reajuste, seria de R$ 3,14 e R$ 2,36; respectivamente.

Gás mais caro
E não é só a conta de água que está pesando no bolso do consumidor neste começo de ano. O gás de cozinha ficou 8% mais caro nas revendedoras do Distrito Federal. Segundo o sindicato da categoria, o motivo são as correções repassadas pelas distribuidoras e engarrafadoras do produto.

O botijão está custando R$ 6, em média, mais caro, se considerado o valor médio aplicado no Distrito Federal. Há regiões administrativas em que o preço cobrado a mais chega a R$ 8, segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP (Sindivargas).

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?