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Acusado de matar Luciana tirou tornozeleira dias antes do crime

Ex-namorado da mulher tentou matá-la em outubro e chegou a ser preso. Contudo, Justiça autorizou que ele deixasse a prisão

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Foto em preto e branco de Luciana de Melo Ferreira
1 de 1 Foto em preto e branco de Luciana de Melo Ferreira - Foto: Facebook/Reprodução

O vigilante Alan Fabiano Pinto de Jesus, 45 anos, suspeito de ter assassinado a ex-namorada Luciana de Melo Ferreira (foto em destaque), 49, no sábado (21/12/2019), usou tornozeleira eletrônica até 4 de dezembro. O motivo foi uma tentativa de homicídio contra a mulher, que trabalhava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o acusado teria provocado um acidente de carro de propósito para ferir a vítima quando ela disse que queria terminar o relacionamento. A tentativa de feminicídio ocorreu em outubro deste ano.

O vigilante a ameaçou de morte e jogou o carro em que ambos estavam contra uma árvore. Luciana pulou momentos antes da colisão e se feriu.

Na época, o homem, que é morador de Ceilândia, foi preso em flagrante e denunciado por violência doméstica. Ele passou semanas detido, até que a Justiça concedeu liberdade, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Em 21 de outubro, foi realizada a audiência de custódia.

Para ser solto, Alan teve que, além de usar tornozeleira, pagar fiança de R$ 2 mil e se comprometer a manter distância de ao menos 500 metros da vítima. Em 4 de dezembro, a Justiça autorizou a retirada do dispositivo.

Bilhete

Contudo, o homem não respeitou a distância que devia manter da ex. Segundo a delegada da 3ª DP (Cruzeiro), Claudia Alcântara, na semana passada Alan voltou a procurar Luciana. “Ele chegou a deixar um bilhete escrito no carro dela: ‘Eu te amo. Faça contato comigo via WhatsApp'”, contou a delegada.

O bilhete teria sido deixado na terça-feira (17/12/2019). No último sábado (21/12/2019), Luciana estava com a filha em um shopping. Segundo a moça contou à polícia, a mãe a deixou na casa do namorado da jovem.

Nesta segunda-feira (23/12/2019), ela voltou para casa, na QRSW 2, no Sudoeste Econômico, mas a porta estava trancada com a chave tetra. Foi preciso chamar um chaveiro. Ao abrir a porta, a filha viu o corpo da mãe estirado no chão e acionou a polícia.

Segundo a Polícia Militar, a vítima teria sido ferida com um golpe no peito. Uma equipe da Polícia Civil dirigiu-se ao local para fazer a perícia, que foi concluída por volta das 23h20. Os investigadores acreditam que o assassinato tenha ocorrido no sábado (21/12/2019). O caso é investigado pela 3ª DP (Cruzeiro).

Os investigadores querem apurar como ele entrou no apartamento, pois não havia sinais de arrombamento. Alan não pode ser preso em flagrante, pois já se passaram 24 horas desde o crime. Contudo, a polícia pediu à Justiça a prisão do acusado.

“Ele deve ter entrado à noite”

Segundo Geraldo Gonçalves de Sousa, zelador do prédio, Alan deve ter entrado no apartamento na noite do crime. “Eu trabalho de segunda a sábado. Sempre durmo aqui. Saí no meio-dia de sábado [21/12/2019] e não vi nada. Ele deve ter entrado à noite e feito isso”, disse.

Ainda de acordo com o zelador, Luciana morava na quadra havia muito tempo e a relação com o ex-namorado “não era muito boa”.

“Antes do primeiro incidente, ele vivia atrás dela. Deixava flores no carro, presente, mas ela nunca queria. Ultimamente, não vinha mais deixar presente”, contou Sousa.

7 imagens
Perícia da PCDF foi ao local do crime
Prédio no Sudoeste Econômico onde Luciana morreu
Parentes estavam inconsoláveis
Muito abalada, a filha de Luciana não quis falar com a imprensa
Geraldo Sousa, zelador do prédio onde a vítima morava
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Polícia Civil faz perícia no apartamento onde Luciana foi morta

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Perícia da PCDF foi ao local do crime

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Prédio no Sudoeste Econômico onde Luciana morreu

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Parentes estavam inconsoláveis

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Muito abalada, a filha de Luciana não quis falar com a imprensa

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Geraldo Sousa, zelador do prédio onde a vítima morava

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Delegada da 3ª DP (Cruzeiro), Claudia Alcântara

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Agressão

Vizinhos de Luciana relataram ao Metrópoles já terem ouvido brigas de Luciana e Alan. Em uma das ocasiões, a portaria foi quebrada.

“Ela era muito educada. Conversei com ela depois que o ex-namorado quebrou a portaria. Achei que era até assalto, porque ele estava quebrando tudo”, disse uma moradora que não quis se identificar.

Na época, Luciana contou para a vizinha que, naquele dia, Alan queria subir, mas ela não deixou. Por isso, quebrou a portaria.

Feminicídio

Se confirmado, esse será o 33º feminicídio neste ano no Distrito Federal. O último crime ocorreu no fim de novembro. A cabeleireira Sandra Maria Sousa Moraes foi assassinada pelo irmão, Danilo Moraes Gomes. O caso aconteceu em Vicente Pires. O suspeito está foragido desde então.

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