Acusado de matar família no DF chora ao confessar crimes; vídeo
Mecânico contou como participou da chacina de três mulheres e três crianças no Distrito Federal. Polícia investiga se versão é verdadeira
atualizado
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O mecânico Horácio Barbosa, de 49 anos, chorou ao confessar o assassinato da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39, dos três filhos, da sogra e cunhada dela. Horácio é um dos três presos por suspeita de envolvimento com a chacina.
“Eu não consigo dormir. Eu sinto, eu ouço as crianças brincando, que eles brincavam na chácara, a gente se divertia muito”, afirmou o mecânico em depoimento ao delegado Achilles Benedito. Horácio trabalhava na chácara de Marcos Antônio de Oliveira, de 54, que é sogro da cabeleireira.
Veja o vídeo:
Horácio disse que o próprio Marcos teria enforcado a esposa, Renata Belchior, de 52; Gideon Batista, outro suspeito preso, teria asfixiado Gabriela Belchior, de 25, que é filha de Marcos e Renata.
Os dois corpos carbonizados encontrados em um Siena branco em uma rodovia de Unaí, interior de Minas Gerais, seriam de Renata e Gabriela. Antes, mãe e filha passaram dias em um cativeiro na cidade de Planaltina (DF).
Morte das crianças
Horácio mudou a voz e ficou aparentemente emocionado ao comentar a morte de Elizamar e dos filhos dela – Gabriel, de 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 –, mas não deixou muito claro a motivação dessas mortes.
O mecânico falou que o objetivo seria apenas dar um susto, a mando de Thiago Gabriel Belchior, marido da cabeleireira. Também afirmou que Thiago teria presenciado a morte das crianças e da mulher.
“No meio dessa discussão, do susto, a Eliza enfartou e, então, infelizmente partimos para a execução. As crianças não tinham nada a ver com a história. E acabamos fazendo essa loucura, fizemos essa loucura, com a participação do próprio Thiago. Em momento algum eles pediram para parar, fomos em frente, desculpa… Infelizmente não tem mais volta, já foi feito”, declarou Horácio, chorando.
A polícia investiga se Marcos e Thiago também foram assassinados. O mecânico Horácio alegou para a polícia que Marcos foi deixado em uma rodovia e teria decidido virar itinerante, vagando pelo Brasil sem ser identificado.
Crime por encomenda
Horácio afirmou em depoimento que recebeu entre R$ 4 mil e R$ 5 mil para cometer o crime. Ele disse que o próprio Marcos teria encomendado os assassinatos.
Pontou que a ideia inicial, no entanto, seria executar apenas Renata e Gabriela, esposa e filha de Marcos, respectivamente. O valor total combinado para que os assassinatos fossem cometidos era R$ 100 mil – montante que deveria ser dividido entre Horácio e Gideon Batista. Parte do pagamento seria com um Siena preto.
O mecânico ainda fala no depoimento que o objetivo de Marcos era largar Renata e viver com sua outra família, que seria composta pela ex-mulher Cláudia Regina e a filha que teve com ela, Ana Beatriz. Essa versão ainda está sendo apurada pela Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal.