Acusado de execução no Deck Sul foi preso pela 2ª vez neste caso
O jovem teria mentido a identidade durante abordagem policial e chamou a atenção dos militares
atualizado
Compartilhar notícia
Foi preso nesta sexta-feira (03/01/2019) um dos suspeitos de matar a tiros Arthur Daniel Silva Torreão, de 19 anos, em outubro de 2019, no Deck Sul, complexo às margens do Lago Paranoá, na L4 Sul, próximo à Ponte das Garças. O homem de 29 anos foi detido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após desacatar uma equipe e resistir à prisão, que ocorreu na QE 12 do Guará I. Esta é a segunda vez que ele é preso pelo crime.
O homem dirigia um Corsa Sedan e estava acompanhado de dois amigos e um mulher. De acordo com a corporação, o grupo demonstrou nervosismo ao perceber a aproximação dos PMs, mas, durante a abordagem, nada ilícito foi encontrado com o grupo.
O que chamou a atenção dos policiais, no entanto, foi o fato de o suspeito ter mentido a identidade. Ao ser questionado, o homem começou a xingar e a agredir um dos PMs. Pela atitude, foi detido e levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Lá, foi constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra ele pelo crime no Deck Sul.
Esta é a terceira vez que o morador do Guará é detido como possível participante do assassinato. Nas vez anterior, tinha mandado de prisão temporária em aberto, mas, desta vez, o pedido se deu em caráter preventivo.
Relembre o caso
Arthur foi espancado antes de ser alvejado por tiros e morrer na madrugada do dia 5 de outubro de 2019. Segundo o delegado da 1ª DP (Asa Sul) Ataliba Neto, o crime ocorreu durante uma festa na madrugada. “São festas sem alvará que já vêm acontecendo desde setembro no Deck Sul. As pessoas levam carro, ligam som alto e ficam bebendo”, contou.
De acordo com o delegado, câmeras flagraram parte da confusão. “Conseguimos ver que o grupo dele estava mais afastado. Só dá para ver que o Arthur vai para o meio da festa e volta com a boca sangrando”, conta.
Pouco depois, segundo testemunhas, quatro homens apareceram e começaram a bater em Arthur. “Os amigos contaram que foi tudo muito rápido e não deu tempo nem de reagir. Ele foi tentando se defender, caiu dentro de um carro e foi alvo de três disparos, mas só um pegou no peito dele.”
Depois do crime, contou o delegado, os quatro agressores fugiram em um veículo, apreendido pela Polícia Civil. “Depois dos tiros, já tinha um veículo com um motorista preparado para sair correndo. Parece que a briga foi orquestrada.”
A vítima era moradora do Guará I e os quatro envolvidos moram no Guará II. Dois deles foram detidos na semana seguinte ao caso, mas, à época, negaram participação no caso.