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Acusado de estrangular esposa no DF é condenado a 18 anos de prisão

Silvestre Pereira matou Joana Santana durante discussão por causa de uma dívida que ele tinha com um agiota. Feminicídio ocorreu em 2022

atualizado

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Mulher loira e homem careca
1 de 1 Mulher loira e homem careca - Foto: Reprodução/Redes sociais

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou Silvestre Pereira de Araújo a 18 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por estrangular a companheira, Joana Santana Pereira dos Santos, 41 anos, em 20 de março de 2022. Após o feminicídio, o autor tentou suicídio, mas foi detido em flagrante por policiais.

A sessão de julgamento aconteceu na segunda-feira (3/7), no Tribunal do Júri de Planaltina. O acusado matou a esposa durante discussão por causa de uma dívida que ele tinha com um agiota. O casal tem quatro filhos, entre 6 e 17 anos.

Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), “o homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, pois o acusado aplicou intenso sofrimento à vítima e ainda foi praticado em razão da condição do sexo feminino da ofendida, pois se deu no contexto de violência doméstica e familiar”.

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Ela foi em 20 de março de 2022
Joana Santana deixou quatro filhos
A vítima tinha sinais de esganadura no pescoço
O marido é o principal suspeito do crime
O crime ocorreu no quarto do casal, em Planaltina
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Joana Santana Pereira dos Santos tinha 41 anos

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Joana Santana deixou quatro filhos

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A vítima tinha sinais de esganadura no pescoço

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O marido é o principal suspeito do crime

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O crime ocorreu no quarto do casal, em Planaltina

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O juiz destacou que o próprio acusado confessou que tirou a vida da vítima em razão de fatos relacionados apenas à vida dele. O réu não poderá recorrer em liberdade.

“Considerando que o sentenciado respondeu ao processo preso preventivamente, e levando em conta que não surgiu qualquer fato novo apto a ensejar a revogação da medida, deve a constrição cautelar ser mantida pelos fundamentos já expostos na decisão que impôs a medida processual, a qual assentou a necessidade da prisão preventiva como forma de assegurar a ordem pública, tendo em vista a gravidade, in concreto, da prática delitiva, circunstância a evidenciar periculosidade do agente”, afirmou o juiz.

Crime

De acordo com os parentes, o homem ligou para um irmão pedindo para ele pegar os seus filhos. Na ocasião, o autor do crime explicou que matou a companheira, estava tentando tirar a própria vida e não queria que eles presenciassem o ato.

Ao falar com o irmão, Silvestre teria dito que estava devendo muito dinheiro e que havia “feito uma merda muito grande”.

Antes de ir à residência de Silvestre, o familiar decidiu contatar outro irmão. Foi quando os parentes acionaram a Polícia Militar. Equipes da PM foram até o endereço, arrombaram o portão da casa e se depararam com três crianças dormindo.

Os filhos foram entregues a uma tia, enquanto os militares seguiam com as buscas no imóvel. Apenas um dos irmãos entrou na casa, acompanhado de um policial, para pegar uma bombinha de asma para o filho de Silvestre.

A mulher e o autor estavam desacordados em cima de uma cama, dentro de um quarto trancado. A vítima tinha sinais de esganadura, e o homem apresentava corte no pescoço. A faca usada no crime estava em um móvel próximo à cama.

“Matei minha esposa”

O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que a mulher não já apresentava sinais vitais. O suspeito, no entanto, foi conduzido ao hospital. Durante atendimento na unidade da saúde, Silvestre Araújo chegou a falar: “Dívida, dívidas, eu briguei e matei minha esposa”.

Segundo informações de pessoas que realizaram o atendimento no hospital, além do corte no pescoço, o homem tinha marcas de mordida pelo corpo. O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).

Família sabia da dívida

A família do preso, inclusive Joana, teria tomado ciência das dívidas de Silvestre havia poucos dias. A vítima, então, estaria procurando outro emprego para ajudar o companheiro a quitar os débitos.

Em 2016, os três irmãos chegaram a trabalhar juntos em uma empresa, mas Silvestre acabou se endividando. Por isso, a administração da empresa passou a ficar com os outros irmãos e Silvestre resolveu abrir o próprio negócio.

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