1 de 1 7 setembro independência esquadrilha fumaça esplanada
- Foto: Michael Melo/Metrópoles
Problemas de acesso do público marcaram a comemoração pelos 195 anos da Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (7/9). Sob sol intenso e baixa umidade, pessoas se queixaram que não conseguiram assistir ao tradicional desfile. Muitas foram embora antes do fim, às 11h10, e as crianças choraram, decepcionadas. Os espectadores reclamaram que, nas arquibancadas montadas na altura dos ministérios, apenas convidados tinham permissão para entrar.
Somente uma hora após o início do evento a organização liberou a entrada do público, próximo à rodoviária. Antes disso, seguranças chegaram a improvisar uma catraca para revezar espectadores: a cada 10 que saíam, outros 10 ingressavam na área dos assentos. Houve filas.
Segundo o Exército, cerca de 20 mil pessoas passaram pela Esplanada ao longo do desfile, que começou às 9h e foi encerrado por volta das 11h15, com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça.
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Após horas sob sol forte e baixa umidade, pessoas conseguem ingressar na área reservada para espectadores do evento
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A organização do desfile improvisou uma catraca para facilitar o acesso do público: a cada 10 pessoas que deixam as arquibancadas, outras 10 entram
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Por volta das 9h30, quase no fim do desfile, a arquibancada mais próxima da rodoviária teve o acesso liberado. Isso porque parte do público começou a derrubar uma das grades
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O público se queixa da falta de acesso às arquibancadas montadas na Esplanada
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"Isso é uma afronta ao direito constitucional. Não termos acesso ao desfile. Nos impediram de ver o desfile porque sabiam que haveria manifestação. Não somos bois para ficarmos encurralados", reclama a funcionária pública aposentada Simone Fortes, 59 anos
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A assessora Aline Stival, 40, levou dois filhos ao desfile: Ângelo, 6, e Anthony, 1 ano e meio. Porém, a família sequer conseguiu assento para acompanhar a celebração. "Evento lotado mostra que as pessoas amam o Brasil, são os políticos que não gostam do povo. Essas grades representam medo. Está um desrespeito ao idoso. Estou indo embora sem mostrar o desfile paro o meu filho, que até estuda no Colégio Militar de Brasília (CMB)"
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A mãe de Aline Stival, Terezinha Cordeiro, 70, tentou acompanhar o evento com os netos. Ela contou que, desde 1962, jamais perdeu o desfile do Dia da Independência. "Estamos numa cortina de ferro. Se continuar essa desorganização, ano que vem não venho mais", critica
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Os espectadores afirmam que têm de ir à Rodoviária para acessar a estrutura preparada para recebê-los
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Apesar das adversidades, há quem exalte o desfile. "Essa festa é uma esperança para a gente. Para reviver o sentimento bom que o nosso país já teve", enaltece a assistente social Silvana Silva, 32
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Acompanhada do filho Hugo, 4, a estudante Luana Dias, 27, demonstra otimismo sobre o fim da turbulência nos cenários político e econômico do Brasil. "Tenho esperança que nosso país melhore. Essa crise tem de passar"
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Para fechar o desfile, a Esquadrilha da Fumaça executou um show aéreo: as tradicionais acrobacias sincronizadas
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O espetáculo no céu de Brasília foi filmado e fotografado pelo público
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O evento terminou às 11h10, após duas horas
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Por causa da baixa umidade, há pontos de distribuição gratuita de água para o público
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Além disso, aeronaves despejaram água sobre as pessoas para amenizar os efeitos do calor
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Manifestantes pedem a volta do militarismo ao poder
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Cavalaria da Polícia Militar do DF faz a segurança no local. A corporação estima o público da Esplanada em 20 mil pessoas
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O chefe do Executivo nacional, Michel Temer, assiste ao evento acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, e do filho do casal, Michelzinho. Também ocupam a tribuna o presidente do Senado, Eunício Oliveira, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, e sua mulher, Márcia Rollemberg
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Militares do Grupamento Feminino da Marinha do Brasil desfilaram
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O desfile tem participação de cerca de 4,2 mil pessoas, entre civis e militares
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No ar, também houve show: caças das Forças Armadas se exibiram
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Em 2020, o Ministério da Defesa determinou que as Forças Armadas não participem do desfile de 7 de Setembro
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Cerca de 200 manifestantes se concentram para o Grito dos Excluídos, que sairá logo após o término do desfile
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Para evitar o registro de cartazes e faixas de manifestantes com a imagem do presidente Michel Temer (PMDB-SP), os organizadores do desfile neste ano distanciaram a tribuna de honra das autoridades das arquibancadas populares. Exatamente em frente ao palanque onde está o peemedebista foi instalado um palanque de seguranças. Assim, o peemedebista não recebeu vaias nem aplausos.
Temer assistiu ao desfile com a primeira-dama, Marcela, e o filho do casal, Michelzinho, de 8 anos. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), também esteve no evento, com sua mulher, Márcia Rollemberg.
Além deles, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assistiram à celebração. Também estiveram na tribuna o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra; os ministros Moreira Franco, da Secretaria-Geral da presidência; Eliseu Padilha (Casa Civil); Torquato Jardim (Justiça); Dyogo Oliveira (Planejamento); e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
Organização
O Palácio do Planalto respondeu que as arquibancadas próximas à sede do Executivo nacional foram reservadas a pessoas que fizeram inscrição no site, familiares e integrantes das forças armadas, além da imprensa. Já os demais lugares foram de acesso livre à população.
Neste ano, o tema do evento foi “Viva sua Independência”. O desfile teve participação de cerca de 4,2 mil pessoas, entre civis e militares.