Acompanhante que discutiu com anestesista no DF: “Me xingou e gritou”
Lúcio Flávio de Oliveira, 34 anos, estava no Hospital de Base, acompanhando a mãe que havia passado por cirurgia
atualizado
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Lúcio Flávio de Oliveira, 34 anos, é vigilante e estava acompanhando a mãe, de 64 anos, no Hospital de Base de Brasília, quando se envolveu em um bate-boca com um médico da unidade. Segundo ele, as grosserias começaram por parte do anestesista.
Anestesista e acompanhante discutem sobre alta de paciente: “Vergonha”
O episódio ocorreu na última sexta-feira (22/7) e foi revelado pelo Metrópoles nesta segunda (25/7). Lúcio conta que a discussão teve início por volta das 2h da manhã, quando o anestesista chegou à ala em que o vigilante estava com a mãe.
“Ele entrou e começou a brigar e gritar com o enfermeiro que era da equipe dele. Falava que o rapaz era incompetente. Eu dei um grito e pedi para que parasse, pois minha mãe precisava descansar”, lembra.
Cerca de uma hora mais tarde, o médico teria voltado ao leito da mãe de Lúcio. “Ele perguntou como minha mãe estava se sentindo. Ela respondeu, mas eu complementei a resposta. Ele virou para mim, mandou eu calar a boca porque não estava falando comigo. Aí começou gritar tanto e eu tive de revidar”.
Em imagens gravadas dentro do hospital, é possível ouvir o acompanhante dizendo: “Você está passando vergonha no hospital. Trate a minha mãe bem. Minha mãe não é cachorro, não. Você é um babaca.”
O médico retruca: “Você que está passando vergonha. Eu estou tratando ela bem. Você está me desrespeitando. Me agrediu e me xingou. Chama a polícia, que ele me xingou. É desacato isso. Você me desacatou. Está preso.”
Veja o vídeo:
As testemunhas que filmaram a confusão disseram que o anestesista ainda teria ameaçado a equipe de enfermagem dizendo “que a situação não ficaria assim” e que os profissionais deviam obediência a ele. Relataram também que não seria a primeira vez que o médico se desentendia com a equipe e os pacientes.
O outro lado
Acionado pela reportagem, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou que “prima pelo bom relacionamento entre todas as categorias profissionais e destas com os usuários de suas unidades, conforme consta na publicação interna Código de Ética e Conduta, disponível para acesso e leitura de todos os colaboradores.”
Além disso, o instituto ressaltou que “o vídeo divulgado não reflete todo o contexto em que se desenvolveu a discussão e, inclusive, mostra a reatividade do profissional em exercício de função. (Por isso,) são necessárias medidas adicionais para apurar a ocorrência.”