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Caminhão de lixo perde freio, tomba em curva e dois morrem no DF

O acidente ocorreu no balão de acesso ao Paranoá por volta das 11h desta quinta-feira (4/4)

atualizado

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Caminhao de lixo Sustentare
1 de 1 Caminhao de lixo Sustentare - Foto: Nathália Cardim/Metrópoles

Duas pessoas morreram em um acidente com caminhão de lixo no balão de acesso ao Paranoá. O motorista teria perdido o controle do freio e tombou por volta das 11h desta quinta-feira (4/4), na DF-005, em uma curva. Ele saiu ileso.

Muito abalado, o condutor Estáquio Rodrigues Barbosa, 43 anos, o único sobrevivente da tragédia, contou aos bombeiros que vinha do Paranoá quando percebeu uma falha no freio e não conseguiu controlar a direção. O caminhão tombou no balão. Em seguida, atingiu a fundação de concreto de um posto policial.

Morreram no acidente Ezequiel Ribeiro Duarte e Kellison Silva Moreira, cujas idades não foram informadas. A Polícia Civil vai investigar o caso.

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Motorista contou ter perdido o freio
Logo em seguida, ele tombou em uma curva
Três pessoas estavam no veículo
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Acidente ocorreu no balão de acesso ao Paranoá

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O acidente ocorreu no local conhecido pelos moradores da região como “Balão da Água de Coco”. A pista está em boas condições. Havia três pessoas no caminhão. Uma das vítimas ficou presa às ferragens. Um helicóptero chegou a ser posicionado na região, caso houvesse necessidade de ela ser levada ao hospital.

“Afastamos o caminhão da marquise que estava prensando os dois trabalhadores e infelizmente constatamos os dois óbitos”, declarou o capitão Souza Mendes, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

O caminhão é da terceirizada Quadro Ambiental. De acordo com informações do representante da empresa, que foi ao local, o veículo passou por manutenção nessa quarta-feira (3/4), na qual foi verificado que estaria em “perfeitas condições” para rodar. Aparentemente, os pneus do caminhão não estão carecas.

Em nota, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) informou que o veículo presta serviço à empresa que atende a grandes geradores de resíduos e não tem contrato com o órgão.

 

Irenaldo Pereira da Silva, 34 anos, primo de Ezequiel, foi ao local da tragédia. Ele disse que a vítima deixa mulher e um filho pequeno, é baiano e morava há cerca de dois anos no DF.

“Fiquei triste ao saber da notícia. Como moro aqui próximo, vim saber se era o meu primo mesmo. Infelizmente confirmei. Somos do interior da Bahia, da cidade de Campo Alegre de Lourdes, e convivíamos muito juntos”, lamentou Irenaldo.

Em 17 de fevereiro deste ano, um acidente com ônibus na BR-020, rodovia que liga o DF à Bahia, deixou 18 garis feridos e provocou uma morte. O coletivo da empresa Cootran em que eles estavam tombou na margem da estrada, no sentido Plano Piloto–Planaltina, mais precisamente na alça de acesso ao Morro da Capelinha.

Crisangela da Cruz Silva, 41 anos, teve um ferimento no olho e chegou a ser submetida a uma cirurgia no Hospital Regional de Planaltina, mas não resistiu. Acabou falecendo durante o procedimento, segundo informou a assessoria da Sustentare, empresa à qual as vítimas são vinculadas.

Além do motorista, havia 22 passageiros no ônibus – funcionários da Sustentare, empresa contratada pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Eles embarcaram no veículo rumo a Planaltina após o plantão, segundo a assessoria de imprensa da empresa.

Segundo a superintendente regional da Sustentare, Rejane Costa, chovia no momento em que um caminhão teria fechado o ônibus. Para desviar, o condutor do coletivo passou para a faixa da direita, mas saiu da pista, tombando no canteiro central.

Em março deste ano, o Metrópoles mostrou denúncia do sindicato da categoria (Sindlurb), de que garis estão atuando em situação precária, que ameaça a integridade física e até mesmo a vida não só desses trabalhadores, mas também da população.

Os problemas incluem ferrugem, vidros quebrados em ônibus e caminhões de lixo, compartimentos que liberam chorume e veículos sem freio. As más condições podem causar acidentes fatais nas vias do DF, como o que vitimou a gari Crisangela e os dois garis que se envolveram no acidente desta quinta. Enquanto isso, a Valor Ambiental e a Sustentare receberam, desde 2017, R$ 410 milhões dos cofres públicos em contratos emergenciais.

 

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