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Ação Conjunta Covid-19 vai à Farmácia Central após falta de sedativos

A força-tarefa que reúne diversos órgãos da Saúde e a OAB-DF visitou o local depois de receber denúncias sobre o desabastecimento

atualizado

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Macas com lençóis brancos
1 de 1 Macas com lençóis brancos - Foto: Divulgação

Após denúncia publicada pelo Metrópoles, sobre a falta de quatro sedativos usados para entubar pacientes vítimas do novo coronavírus, no Distrito Federal, a força-tarefa da Ação Conjunta Covid-19, que reúne diversos órgãos da Saúde e a Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF), visitaram na tarde desta sexta-feira (26/06), a Farmácia Central, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

De acordo com a representante da OAB-DF, Alexandra Moreschi, que esteve no local, foi verificada a falta de medicação para sedação dos pacientes. “Os que ainda tem, a quantidade é pouca. Os estoques estão bem baixos. Existem processos licitatórios de compras, mas não há previsão de entrega. O desabastecimento ocorre em nível nacional. São 21 estado mais o DF que estão sem o medicamento”, explicou.

“Vamos fazer um relatório  e fazer um pedido formal para a Farmácia Central para que eles digam qual é exatamente a quantidade que ainda existe em estoque e, de posse das informações, enviaremos o documento ao Ministério Público”, completou.

Ainda segundo a advogada Alexandra Moreschi, a Ação Conjunta recomenda para que se reavalie a questão da flexibilização do isolamento social considerando a grande possibilidade de falta. “Agora, a gente não está falando só da questão de ter UTI disponível e respirador. É da falta de medicamentos que podem inviabilizar a utilização dos respiradores.”

Desabastecimento

Nessa quinta-feira (25/06), o Metrópoles noticiou que a falta de sedativos para uso em pacientes entubados, principalmente naqueles acometidos pelo novo coronavírus, acendeu a luz amarela entre os profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Apurou-se que pelo menos quatro medicamentos estão zerados nos estoques da farmácia de abastecimento. São eles: cisatracúrio, rocurônio, atracúrio e pancurônio, alguns dos mais indicados para quadros de ventilação mecânica no Brasil.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Metrópoles revelam a preocupação dos profissionais de saúde, principalmente com pacientes de síndrome respiratória aguda, uma das complicações da Covid-19, sobre qual protocolo usar durante a crise do novo coronavírus.

Confira os documentos: 

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Secretaria de Saúde garante que ainda tem estoque de outros tipos de sedativos
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Documento solicita protocolo alternativo pela escassez de sedativos na rede

Material cedido ao Metrópoles
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Metrópoles
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Secretaria de Saúde garante que ainda tem estoque de outros tipos de sedativos

Felipe Menezes/Metrópoles

Ministério da Saúde

Também nessa quinta-feira,  o titular do Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), solicitou ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, a aquisição emergencial de medicamentos integrantes do chamado “kit de entubação”, remédios fundamentais para pacientes de Covid-19 que necessitam de ventilação mecânica.

Os fármacos estão em estoque baixo ou praticamente zerados em várias unidades da Federação, incluindo Brasília. Entre as substâncias necessárias, sedativos e bloqueadores neuromusculares, os quais tiveram aumento da demanda em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

“Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência a fim de ressaltar a dificuldade enfrentada pelos estado e pelo Distrito Federal para adquirir diretamente os medicamentos integrantes do chamado ‘kit de intubação’, utilizados em larga escala nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais públicos no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus”, escreveu o chefe do Executivo local.

Ainda segundo ele, os referidos fármacos são importantes “para garantir a capacidade de ação das redes estaduais e distrital de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19”, emendou.

Com a dificuldade de acesso aos remédios, Ibaneis sugeriu que o ministro interino da Saúde coordene a obtenção emergencial e também a distribuição dos medicamentos, “mediante compra centralizada no mercado nacional ou aquisição, por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), no mercado internacional”.

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