Acampamento bolsonarista é esvaziado e apenas pequeno grupo resiste
após grande desmobilização, sobraram alguns poucos extremistas, que prometem resistir “até que as Forças Armadas tomem o país”
atualizado
Compartilhar notícia
Após quase três meses prometendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não subiria a rampa do Palácio do Planalto para tomar posse, o movimento de bolsonaristas no QG do Exército, em Brasília, perdeu força. Após o petista assumir oficialmente o mandato, o grupo acampado desanimou e muitos decidiram fazer as malas e voltar pra casa.
Na noite deste domingo (1º/1), após grande desmobilização, sobraram alguns poucos extremistas, que prometem resistir “até que as Forças Armadas tomem o país”.
Uma das lideranças do acampamento subiu no carro de som e mantinha o discurso que haverá uma reversão no cenário político que fará com que Lula deixe de ser presidente. “Nós vamos ver qual será a aceitação do Brasil. Ainda não temos as consequências do que vai acontecer hoje, amanhã ou depois”, disse.
A mensagem também foi direcionada aos desanimados que deixaram o QG durante a posse de Lula. “Não vão para casa achando que foi em vão”, alertou. “Enquanto o Exército não pedir para sair, vamos permanecer”.
Assista bolsonaristas deixando o QG do Exército:
Mais cedo o Metrópoles mostrou que ao menos sete ônibus deixaram o local, além de carros particulares com malas e utensílios utilizados no decorrer do acampamento.
Os que optaram por permanecer nas redondezas do QG, defendiam posicionamentos diversos. Num carro de som, numa espécie de louvor religioso, o clima era de aceitação. “Temos de aceitar a vontade de Deus”.
Já a poucos metros dali, nas barracas, a inconformidade tomou conta. “A gente rezou de joelhos para isso? Deus tenha misericórdia”, exclamou um manifestante. “Quero saber para onde vou”, disse outro.