Acabou presa. Mulher se passava por fiscal da Agefis para aplicar golpes de até R$ 40 mil em comerciantes
Ela confessou o crime e disse que contou com a colaboração do filho de apenas 16 anos
atualizado
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Bem vestida e sempre com uma conversa convincente, Adriana Pereira Gonçalves (foto), 45 anos, usava a estratégia para aplicar golpes de até R$ 40 mil em comerciantes de Taguatinga. Ela se passava por agente da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) e dizia que, para atualizar o alvará de funcionamento dos estabelecimentos, os empresários deveriam pagar uma taxa. Se as vítimas não cedessem ao suborno, os ameaçava dizendo que eles seriam alvo de operações do órgão. O total de dinheiro arrecadado nos golpes não foi levantado pela polícia.
A mulher, que mora em Ceilândia, foi presa na noite dessa quinta-feira (18/2), em Taguatinga. A polícia a deteve no momento em que a golpista receberia R$ 8 mil de um lojista da região. “Ela não tinha crachá nem uniforme da Agefis. Levava as vítimas na conversa. O filho de 16 anos a ajudava”, disse o delegado-chefe da 21ª Delegacia de Polícia, Alexandre Nogueira.O papel do adolescente, segundo a polícia, era entrar com o pedido de alvará na administração. Procedimento que poderia ser feito pelo próprio comerciante. A polícia investiga ainda a participação de um homem na prática criminosa.
“Infelizmente, algumas vítimas pagaram o valor cobrado. No entanto, alguns empresários denunciaram o caso na delegacia e na administração. Essas informações foram cruciais para a investigação. Acredito que com a divulgação dos fatos apareçam mais vítimas. Não só de Taguatinga, mas de outras regiões”, explicou o delegado.
Adriana não tinha passagem pela polícia. Devido a este crime, a mulher foi autuada por associação criminosa, tráfico de influência e corrupção de menores. Se condenada, a pena pode chegar até 15 anos de prisão. A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) também foi acionada para cuidar da questão, uma vez que envolve o filho menor de idade da suspeita.