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“Absurdo ele ainda estar solto”, diz vizinho de garoto espancado no DF

Grupo de moradores pretende se unir e gritar palavras de ordem na porta da casa de Victor de Sales, agressor do adolescente

atualizado

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Fotografia colorida de homem com camiseta vermelha
1 de 1 Fotografia colorida de homem com camiseta vermelha - Foto: Reprodução

Inconformados com a falta de respostas e providências em relação ao caso do adolescente de 14 anos brutalmente espancado no último sábado (23/4), pelo vizinho, Victor de Sales Batista, 27, na Vila Nova Divinéia, no Núcleo Bandeirante, os moradores do bairro programam uma manifestação na rua onde agressor e vítima moram. O ato está previsto para acontecer às 19h30 desta terça-feira (26/4). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso e pretende ouvir o agressor nos próximos dias. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia o paradeiro dele.

“Covarde”, diz mãe sobre homem que espancou adolescente após assobio

“Como morador da Divinéia, falo que todos estão preocupados com essa situação e com a segurança não só do agredido, mas também das nossas outras crianças”, desabafa o servidor público Eduardo Ribeiro Machado, 32 anos.

Segundo Eduardo, até então, não houve uma resposta sobre o paradeiro do agressor. “No mínimo, deveria ter algum tipo de restrição ao Victor. Ele mora do lado desse menino. Se ele voltar para a casa dele, vai ser um grande absurdo. Ele mora colado com o menor que ele agrediu. Queremos respostas nesse sentido. É um absurdo ele ainda estar solto”, defende o servidor público.

Veja imagens da agressão:

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Homem desfere chutes em menor de idade
Outra criança gravou as agressões
Homem chegou a pisar em rosto de adolescente
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No chão, adolescente tenta se proteger de ataques

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Homem desfere chutes em menor de idade

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Outra criança gravou as agressões

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Homem chegou a pisar em rosto de adolescente

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Eduardo mencionou, ainda, que a vizinhança está dando todo o suporte para mãe e filho, que continuam com medo de cruzar com o agressor na rua a qualquer momento. “Eles estão morrendo de medo. Não sabem se, quando saírem do portão, vão dar de cara com o agressor”, disse.

“Enquanto não tivermos uma resposta do poder público e da Justiça, vamos movimentar a nossa comunidade em busca disso. Ainda estamos inseguros com esse rapaz solto. A manifestação é pacífica. Vamos dizer palavras de ordem para mostrar que não estamos satisfeitos com o trabalho que está sendo feito pela polícia. Não podemos deixar que esse caso caia no esquecimento e daqui a pouco, outra criança venha a ser agredida”, pontuou.

Esta vai ser a segunda vez que o grupo de moradores se reunirá em frente à casa de Victor . Assim que ficaram sabendo do ocorrido, vizinhos cercaram a casa do suspeito, ainda na tarde de sábado (23/4). O grupo tinha a intenção de questionar pessoalmente os ataques brutais ao garoto.

O momento em que moradores vão até a casa de Victor foi filmado. Nas imagens, é possível ver o grupo de homens em frente à residência do agressor, perguntando aos familiares o paradeiro dele. Acuados, o pai e a irmã de Victor ficaram o tempo todo na parte de dentro do imóvel, protegidos por grades. Eles disseram que o rapaz não estava e que o caso já era investigado pela polícia.

Alberto Ferreira de Paula Carvalho, 52, presidente da Associação de Moradores da Vila Nova Divinéia, acompanha o caso e também pede justiça. “Nada justifica um homem fazer uma covardia dessas com uma criança, independentemente do que tenha acontecido. É inadmissível”, disse. Alberto conta que mora no local há mais de 30 anos e que nunca presenciou nada igual. “Foi uma surpresa para a gente. Como uma coisa dessas acontece na nossa porta? A gente espera que a Vara da Infância aja neste caso. Não pode ficar impune”, frisou.

Veja o vídeo do grupo em frente à casa de Victor:

Medo

Por telefone, a mãe do adolescente, Francisca Ferreira do Nascimento, 45, falou novamente com a reportagem. Abalada, a mulher disse apenas que a família ainda não teve novas informações sobre as investigações e notícias do agressor. Francisca também mencionou que ouviu outros vizinhos comentando que a família de Victor deve se mudar do endereço nos próximos dias. Até a última atualização deste texto, o Metrópoles não havia conseguido confirmar a informação. A reportagem esteve pelo segundo dia consecutivo no endereço do agressor. No entanto, nenhum morador da casa conversou com a imprensa.

“Eu quero justiça. Se ele fez isso com o meu filho, ele pode fazer com outras crianças. Porque ele é um covarde”, pontuou.

Conhecida por Vera, a mãe do garoto conta que estava em casa na tarde de sábado (23/4), quando ouviu o agressor xingando o adolescente. “Meu menino estava brincando com dois colegas, e ele estava ameaçando o meu menino. Disse que ia matar ele. Pedi para o meu filho entrar para dentro de casa, mas ele saiu para brincar na quadra”, disse a mulher.

Vídeo: “Ele é um monstro”, diz garoto espancado por homem após assobio

Depois de algum tempo, outro adolescente foi até a casa do amigo agredido e contou para Vera o que havia acontecido. “Eu fiquei muito abalada. Nunca imaginei que isso fosse acontecer com o meu filho. Moramos nesse endereço há dois anos, e todo mundo nos conhece aqui. Levei ele na delegacia, e registramos o boletim”, disse.

Vera também comentou que após o desentendimento, ela entrou em contato com o pai de Victor. “Ele me pediu desculpas e disse que o filho não estava mais em casa. Acreditamos que ele está escondido, e o pai não quer falar onde o agressor está”, contou a mulher.

Veja como ficou o adolescente:

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Menino mostra marcas pelo corpo
Homem de 27 anos é o agressor
Menino mostra marcas pelo corpo
Adolescente de 14 anos foi espancado no sábado (23/4)
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Adolescente de 14 anos foi espancado no sábado (23/4)

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Menino mostra marcas pelo corpo

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Homem de 27 anos é o agressor

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Menino mostra marcas pelo corpo

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Adolescente de 14 anos foi espancado no sábado (23/4)

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Menino mostra marcas pelo corpo

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Vizinhos se revoltaram com homem de 27 anos que agrediu menor de idade

Material cedido ao Metrópoles

Ainda segundo a mãe, não é a primeira vez que o agressor e o adolescente se desentendem por causa dos assobios do menor. “Quando meu menino me chama, ele fica incomodado. Fica agressivo. Só que ele nunca me falou nada. Ele deveria ter falado comigo que eu iria conversar com o meu menino”, disse Vera.

Hoje, o adolescente foi para a escola. “Ele ainda está muito machucado. Com hematomas nas costas, o olho está inchado. Estamos recebendo o apoio de todos os moradores da região e vamos até o fim para cobrar que ele pague por isso. Todos estão revoltados”, concluiu a mãe.

Fotografia colorida de homem com camiseta vermelha
Victor de Sales Batista é acusado de agredir adolescente no Núcleo Bandeirante

 

Assista ao vídeo das agressões:

 

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