Abrace usa quadrinhos em campanha de conscientização para o câncer infantojuvenil
O material, produzido pelo cartunista Arisson Tavares, foi entregue em escolas públicas do DF
atualizado
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No mês da campanha nacional de conscientização do câncer infantojuvenil, a Abrace, organização não-governamental que encabeça a luta contra a doença no DF, vai distribuir em escolas públicas o gibi “ O Xerife mais rápido do Faroeste”, que aborda o tema de forma lúdica para crianças.
O material, produzido pelo cartunista Arisson Tavares, tem o objetivo de informar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, reconhecendo sintomas e sinais do câncer infantojuvenil. “Para mim é uma grande alegria ver um trabalho meu sendo usado para este fim. As ilustrações podem falar muito quando ligadas a uma causa. Sensibilizar, divertir e ainda ensinar”, explica Arisson.
Leia, aqui, o gibi no formato digital.
Os 10 mil gibis abordando o tema de forma direcionada a crianças e adolescentes começaram a ser distribuídos nessa quarta-feira (29/9). O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 13 de Ceilândia recebeu os livros e a expectativa é que a mensagem possa chegar a mais famílias.
“Nossa escola estava ansiosa para participar de tão importante campanha. É primordial que toda a comunidade escolar esteja engajada na luta contra o câncer infantil. Esta deve ser uma batalha de todos”, pondera Neuman de Oliveira Melo Guimarães, coordenador pedagógico do CEF 13.
Em 2021, o tema da campanha do Setembro Dourado é “Quem ama está sempre atento”. Para a presidente da Abrace, o papel da instituição é fazer os pais ficarem ligados aos sintomas. “Queremos fazer a divulgação e falar o máximo que puder para dar conhecimento às famílias da importância que tem a observação e o cuidado com os sintomas que as crianças possam apresentar”, explicou Maria Angela Marini.
De acordo com a oncologista pediatra do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Estefânia Biojone, o diagnóstico precoce é o sucesso para o tratamento de câncer nas crianças.
“Ele evita que a criança chegue com um comprometimento físico maior e fragilizadas emocionalmente. Então é importante que a gente identifique o quanto antes para que esse tratamento seja feito de maneira menos sofrida”, explica a médica.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente, 3,8 mil crianças não conseguem sequer chegar ao tratamento, enquanto a cada dois anos (considerando o biênio 2018-2019) surgem cerca de 12,5 mil novos casos.