Abertas as inscrições para o 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Mostra de filmes mais antiga do país ocorrerá entre 15 e 20 de dezembro, com R$ 400 mil em premiações. Iniciativa não deverá ser presencial
atualizado
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A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) publicou, no Diário Oficial do DF desta segunda-feira (26/10), o edital de participação no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. É a 53ª edição da premiação, a mais antiga do setor cinematográfico no país.
As inscrições para o evento podem ser feitas no site da pasta – o festival está previsto para ocorrer entre 15 e 20 de dezembro. Nele, filmes de produtores e produtoras brasileiros, realizados em território nacional, concorrem a prêmios que totalizam R$ 400 mil, em valor bruto. As produções devem ter sido finalizadas até 1º de janeiro de 2019, para estarem elegíveis.
Com a divisão em duas mostras – Oficial e Brasília -, os filmes competem em duas categorias: curta e longa-metragem. São consideradas produções de curta-metragem aquelas com duração de, no máximo, 30 minutos, enquanto as longas não podem ter duração inferior a uma hora.
Enquanto a competição Oficial, que abrange filmes de todo país, destinará R$ 180 mil em premiação para as obras cinematográficas de longa duração e R$ 120 mil para as de curta, películas feitas e produzidas no DF concorrem entre si por R$ 60 mil e R$ 40 mil, entre longas e curtas, respectivamente.
O festival
Criado em 1965 como Semana do Cinema Brasileiro, por iniciativa de Paulo Emílio Sales Gomes, historiador e crítico cinematográfico e quem estava à frente do primeiro curso superior de cinema, criado na Universidade de Brasília (UnB), o festival ganhou o nome atual dois anos depois. Apenas entre os anos de 1972 e 1974, a iniciativa não ocorreu, por causa do regime militar, que impôs censura ao evento. Em 2007, o festival recebeu o registro de Patrimônio lmaterial pelo Governo do Distrito Federal.
Para o o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, esse histórico pesou na decisão de seguir com a cerimônia. “Na história do festival, as edições que não aconteceram estão diretamente ligadas à censura militar, o que feriu fortemente a cultura nacional”, lamentou. Por esse motivo, segundo o chefe da pasta, “era uma questão de honra prosseguir com esse patrimônio brasileiro”.
Devido à pandemia do novo coronavírus e adotando as medidas de distanciamento social para a não proliferação da Covid-19, só deve ser possível acompanhar o evento e assistir aos filmes pela televisão. O Canal Brasil transmite a premiação e suas produções, tanto em canal de tevê por assinatura quanto por streaming.