Abastecimento de gás só deve ser normalizado na segunda (4/6), diz GDF
Brasiliense sofre com a falta do produto. Nesta sexta (1º), 18 mil botijões foram disponibilizados, mas demanda diária é de 20 mil unidades
atualizado
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O abastecimento de gás no Distrito Federal segue com problemas. Conforme informou o Gabinete Integrado de Acompanhamento, criado pelo GDF, nesta sexta-feira (1º/6), há previsão de chegada de 350 toneladas de GLP ainda hoje. Segundo estimativa do governo, tudo deve a situação só deve voltar ao normal na segunda (4).
O carregamento que chegou será distribuído a granel para abastecer hospitais, asilos, presídios, abrigos, centros comerciais e shoppings. Há também carga de botijões P13 destinado a consumo residencial. O levantamento é da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF) junto a quatro das cinco distribuidoras de gás do Distrito Federal.
Até este momento, não há falta de gás de cozinha nas escolas e nos hospitais. Se houver qualquer necessidade, nós vamos atuar para abastecer preferencialmente os hospitais e as escolas
Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal
Dificuldade de acesso
As rodoviais do DF têm recebido uma grande movimentação de carretas nos últimos dias. As concessionárias relatam que enormes filas de caminhões têm se formado para abastecer na refinaria Gabriel Passos, em Betim (MG).
Essa intensidade tem se repetido na busca pelo produto. No feriado de Corpus Christi, o estoque de 14 mil botijões de gás zerou no fim da tarde. No mesmo dia, 60 toneladas foram levadas para pontos centrais, como hospitais, asilos, presídios, abrigos, centros comerciais e shoppings.
Por dia, são vendidos 20 mil botijões. “A situação só deve se normalizar mesmo no começo da semana”, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP do Distrito Federal (Sindivargas-DF), Sérgio Costa.
Por mês, são vendidos na capital 425 mil botijões de gás com 13kg, aqueles utilizados em cozinhas residenciais. O produto vem de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. O bloqueio das rodovias – iniciado em 24 de maio – impediu o acesso dos caminhões às revendedoras, afetando a venda e consumo. Em Águas Claras, prédios inteiros chegaram a ficar sem o produto.
O medo da escassez do combustível levou brasilienses a arriscar a compra de botijões com capacidade superior à recomendada. Em um ponto de venda no Sudoeste, os produtos de 45kg se esgotaram, valor três vezes maior do que o gás doméstico, de 13kg. Nem mesmo o preço dessas unidades afastou os consumidores, que desembolsaram entre R$ 245 e R$ 290 por produto.