“A sensação é de impunidade”, diz irmã de ciclista atropelado na Asa Norte
Motorista responsável pelo acidente fatal foi identificado pela Polícia Civil nessa terça-feira (20/10), mas responderá em liberdade
atualizado
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A identificação, nessa terça-feira (20/10), do suspeito de atropelar e matar o ciclista Ricardo Campelo Aragão, 58 anos, trouxe novamente à tona os sentimentos de tristeza enfrentados pela família da vítima. O acidente aconteceu em 10 de outubro, na 703 Norte.
“Ontem, ficou todo mundo muito abalado e muito indignado também”, comenta a irmã de Ricardo, Ysmine Aragão, 54. Segundo ela, os parentes não receberam detalhes do depoimento do motorista. Sabem apenas que o suspeito ficou calado e que os advogados prestaram esclarecimentos.
“O que mais incomoda, no entanto, é saber que o responsável pelo atropelamento responderá em liberdade, uma vez que se apresentou espontaneamente à delegacia. É uma sensação de impunidade saber que ele saiu de lá (delegacia) e foi embora”, lamenta Ysmine.
Identificação foi por meio de peça solta
Segundo o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), João Guilherme, os investigadores descobriram o endereço do acusado por meio de uma tampa que se soltou do carro na hora da colisão. Trata-se de um veículo modelo Yaris. Os policiais foram até a casa do suspeito, mas ele não estava.
Depois, na presença do advogado, o condutor — que não teve o nome revelado até o momento — se apresentou na unidade policial. “As investigações continuam para clarear as circunstâncias do acidente, mas ele foi indiciado pelos crimes de homicído, lesão corporal, omissão de socorro e evasão do local de acidente”, explicou o delegado.
O motorista do Yaris responderá, por enquanto, em liberdade.
Veja as declarações do delegado João Guilherme sobre o caso:
Ricardo foi sepultado no último dia 12, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, sob protestos.