Vídeo: à meia-noite, postos ainda tinham filas quilométricas no DF
Com a greve dos caminhoneiros, 60% dos postos da capital ficaram sem combustível por vota das 17h. Problema se agravou à noite
atualizado
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As filas quilométricas para abastecer, que complicaram a vida do brasiliense ao longo da quinta-feira (24/5), se mantiveram durante a noite. Até a 0h, motoristas encaravam longa espera em postos das diferentes regiões administrativas.
Na Candangolândia e no Lago Sul, os estabelecimentos que ainda tinham combustível nas bombas mantiveram o atendimento. No Núcleo Bandeirante, o engarrafamento à espera de ser atendido passou pela Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e chegou até a região central da cidade.
O desabastecimento se agravou no quarto dia da greve dos caminhoneiros em protesto contra o aumento no preço do diesel. Por volta das 17h, o Sindicombustíveis, entidade que representa os empresários do setor, já anunciava a falta de produtos em 60% dos postos da capital.
Embora o governo federal tenha fechado acordo com representantes dos caminhoneiros, por volta das 21h, ainda não havia previsão para a retomada do abastecimento normal.
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se comprometeu a reduzir a zero a alíquota da Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) e manter a redução de 10% no preço do diesel, anunciada na quarta (23) pela Petrobras, pelos próximos 30 dias.
Além disso, os reajustes do preço do diesel nas refinarias poderão ocorrer de 30 em 30 dias, diferentemente da política da Petrobras de reajustes quase diários. Mesmo assim, ainda não há a certeza sobre a adesão do acordo por parte dos manifestantes.
Preços abusivos
Os protestos ocorreram nas estradas de todo o país. No Distrito Federal, o preço da gasolina desde terça-feira (22) está em torno de R$ 4,78, apesar de duas quedas seguidas.
E houve abusos em alguns estabelecimentos. Depois de a gasolina chegar a R$ 9,99 por litro na noite de quarta-feira (23), em Águas Claras e Planaltina, o GDF determinou que fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) saíssem às ruas para coibir a prática de aumento abusivo no DF.