“A falta de diálogo existe”, diz Ibaneis sobre relação entre governadores e Bolsonaro
O governador do DF comentou ainda que ninguém é “contra ou a favor do presidente da República” e que o desejo é de retorno à “normalidade”
atualizado
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Ao final da reunião de governadores, nesta segunda-feira (23/8), Ibaneis Rocha (MDB) disse que a possibilidade de um encontro entre os gestores e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem o objetivo de estabelecer um diálogo.
“A falta de diálogo existe e está clara para a imprensa. O país tem eleitores do PT, do PSB, do MDB, mas todos nós trabalhamos por um único ideal”, explicou.
O IX Fórum Nacional de Governadores foi realizado no Palácio do Buriti e transmitido no Salão Nobre da sede do governo brasiliense.
Ibaneis comentou ainda que ninguém é “contra ou a favor do presidente da República”. “Queremos levar ao presidente que não tem ninguém contra ou a favor dele. Nós todos somos a favor de um país que merece, sim, um tratamento melhor para as instituições e que a gente entre em uma normalidade. É a intenção de todos os governadores. Quem quer governar, quer governar em um país que esteja com uma condição boa”, disse o emedebista.
Serão encaminhados ofícios aos Poderes, para que, nas próximas semanas, os gestores possam se reunir para conversar sobre a preocupação com o ambiente de instabilidade política pelo qual o país passa.
Ainda não há uma data para enviar as cartas com as pautas à Presidência, mas Ibaneis ressaltou: “Vamos nos colocar a disposição para um diálogo. Ele também depende da outra parte. A gente espera que o presidente tenha essa atenção para com os governadores dos Estados.”
Preço dos combustíveis
O governador do Distrito Federal falou ainda sobre a questão dos preços dos combustíveis. “Existe uma discussão colocada para a imprensa que a culpa do aumento dos combustíveis é por conta do ICMS dos estados. Isso não é uma realidade. É uma grande falácia em relação aos estados. O que temos é que, neste ano, houveram nove aumentos sobre os combustíveis. Isso é gerado também pela instabilidade política no Brasil, que faz o dólar chegar a R$ 6. Precisamos trabalhar um ambiente de harmonia para que tenhamos investimentos internacionais. Não tem nenhum governador que aumentou o ICMS dos combustíveis”, explicou.