A explicação do STF que impede criança de receber remédio milionário
Lorenzo Aragão, 4 anos, precisa receber a dose única de Elevidys, remédio que interrompe os sintomas da Distrofia Muscular de Duchenne
atualizado
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu como “insustentável” a possibilidade da União comprar um remédio de R$ 17 milhões para Lorenzo Aragão (foto em destaque). O menino de 4 anos sofre de Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). A doença rara causa degeneração progressiva dos músculos, inclusive dos cardíacos e do sistema nervoso. Uma dose única de Elevidys pode interromper os sintomas da doença.
Porém, em 28 de agosto, Mendes atendeu a um pedido da União e suspendeu todas as ordens para a compra do medicamento. Dias depois, o ministro voltou atrás, pelo menos em parte da decisão. Em 3 de setembro, ele decidiu que apenas crianças com 7 anos que já tivessem liminar poderiam receber.
Lorenzo tem apenas 4 anos. Na corrida contra o tempo, ele não atingiu a idade que o STF considerou apta a receber. A família está desesperada. “O meu filho quer brincar, ele não consegue brincar. Estão tirando esse direito de ele poder viver, poder brincar, ele poder correr sendo que ele só precisa da medicação”, lamentou a mãe.
“Cada minuto, cada dia, o músculo dele morre”, completou.” Nosso filho necessita. Nosso filho sente dor, nosso filho chora de dor, ele tem horas que ele não consegue andar e pede colo a todo momento”, completou. “Meu filho tem dores nas costas, nas pernas. Ele anda na ponta do pé porque tem que ficar toda hora descansando as pernas porque dói para ele brincar, dói para tudo”.