A empresariado, Ibaneis promete lançar 120 licitações até março no DF
Governador participou nesta terça (19) de almoço com grupo de empresários. Segundo ele, as obras gerarão 30 mil empregos na cidade
atualizado
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Em almoço com empresários nesta terça-feira (19/2), o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou o lançamento de 120 licitações até março. Pelas contas do governador, esse pacote gerará, pelo menos, 30 mil empregos no Distrito Federal. Segundo ele, o governo do DF prepara o começo das obras na saída norte de Brasília e de um bairro: o Novo Taquari.
O governador também afirmou que as ações para reabertura do Autódromo de Brasília para competições seguem firmes. A expectativa do governo é trazer as provas da Fórmula Indy, Motovelocidade, Fórmula Truck, entre outros, a partir de 2020. Nesse contexto, Ibaneis destacou o compromisso de lançar a licitação do Mané Garrincha, no complexo ArenaPlex, o quanto antes possível – liberada recentemente pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
No encontro com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o governador falou sobre a criação de uma comissão especial para organizar o aniversário de 60 anos de Brasília. Para comandar os trabalhos, Ibaneis convidou Anna Christina Kubitschek, neta do ex-presidente Juscelino Kubitschek e esposa do ex-vice-governador Paulo Octávio (PP).
“Os homens públicos têm que se colocar do lado da sociedade para que ela volte a acreditar na política”, disse Ibaneis aos empresários. Segundo ele, o pagamento de todas as dívidas do Executivo é uma prioridade. O emedebista garantiu que o governo adotou uma fórmula de pagamentos justa e blindada contra propinas.
Por fim, o chefe do Executivo afirmou que elaborou um decreto de intervenção para ocupar o Centro Administrativo (Centrad). O instrumento será usado caso as negociações com a Caixa Econômica Federal e as empresas envolvidas não cheguem a uma solução até o fim de fevereiro. “Estou com o decreto pronto na minha mesa”, disse o governador.
Entraves
Existem, atualmente, pelo menos 60 processos envolvendo o Centrad. Discutem questões que vão desde o alvará do prédio e indícios de fraude no nascedouro do acordo até a ausência de documentos primários para colocar o empreendimento em operação.
Orçada em R$ 660 milhões, a obra executada pelo consórcio formado por Via Engenharia e Odebrecht custou cerca de R$ 1 bilhão e acabou inaugurada no apagar das luzes do governo de Agnelo Queiroz (PT).
No entanto, jamais chegou a funcionar por apresentar uma série de irregularidades apontadas pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas locais – o que só se agravou após a delação premiada do alto escalão da Odebrecht na Lava Jato.