A cada 48 horas, uma pessoa morre em acidentes de trânsito no DF
Segundo dados do Detran-DF, 83 pessoas perderam a vida nos 74 acidentes fatais registrados de janeiro a maio deste ano
atualizado
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Dados do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) apontam que, de janeiro a maio deste ano, uma pessoa, a cada 48 horas, morreu em acidentes na capital federal. São 83 casos nesses cinco meses, configurando aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2021. Um casal passará a integrar esta triste estatística neste mês de junho. No domingo (26/6), Rafael Esmaniotto, 37 anos, e a namorada, Gabriella Moreira Andrade Faria, 22, envolveram-se em um grave incidente com um Porsche na via de acesso ao Palácio do Jaburu e não resistiram (foto em destaque).
O motorista faleceu na hora e a jovem, que estava no banco do passageiro, chegou a ser socorrida para o Hospital de Base, mas o óbito foi declarado instantes depois. O carro de luxo atingiu um poste de iluminação, capotou e ficou pendurado em uma cerca. O veículo ficou completamente destruído. Nenhuma das rodas permaneceu fixa ao carro. Também vítima do acidente, o policial penal Gueltz Costa Pinto, que participava de uma corrida no momento da batida, teve uma das pernas amputadas.
Veja fotos de Gabriella e Rafael:
Para o especialista em trânsito Artur Morais, a maioria dos acidentes é evitável seguindo regras básicas: “Se o motorista respeitar a velocidade, não beber e não usar o smarthphone, a chance de algum acidente acontecer é muito menor”, avalia.
No entendimento dele, o principal motivo para colisões e atropelamentos é a alta velocidade. “A regra está colocada para proteger o motorista, quem está com ele e quem está em volta dele. Ele precisa ter essa consciência”, pontua.
Veja imagens do acidente:
Casos recentes
Em maio deste ano, um atropelamento de cinco crianças em uma rua na QNP 05, nas proximidades da feira do produtor, em Ceilândia, chocou moradores da região. Francisco Manoel da Silva, 53 anos, quase foi linchado por populares revoltados depois de se tornar o responsável por deixar as vítimas internadas em hospitais da capital. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o condutor dirigia o veículo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com a Polícia Militar do DF (PMDF), ele estava bêbado. As crianças, hoje, se recuperam em casa.
No mesmo mês, um jovem de 19 anos morreu depois de perder o controle do veículo e colidir em uma árvore, na L4 Sul. Guilherme Gomes da Fonseca recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), mas faleceu. Segundo informações dos militares, devido ao impacto, o veículo teve toda a lateral esquerda destruída, e o condutor acabou arremessado. Há suspeita de racha.
Em abril, ocorreram dois casos emblemáticos. Hilberto Oliveira da Silva, 47 anos, e Vera Lúcia da Cruz Sampaio, 42, pedalavam, em Santa Maria, no Domingo de Páscoa, antes de serem atingidos por um veículo conduzido por Stefania Midiã Silva de Araújo, 36 anos. A condutora foi presa em flagrante e autuada por homicídio culposo. Ela passou pelo teste de alcoolemia que constatou a embriaguez com 0,62 mg/L. O casal não resistiu aos ferimentos.