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“A alma dela foi para o céu”, diz pai de mulher atropelada pelo ex

Corpo de Juliana Barboza Soares foi enterrado nesta quinta. Ela foi atropelada 3 vezes pelo ex-companheiro, Wallison Felipe de Oliveira

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1 de 1 velorio-juliana-soares - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

Amigos e familiares se despediram de Juliana Barboza Soares no início da tarde desta quinta-feira (22/8), no Cemitério do Gama. Assassinada dois dias antes, na data em que comemorava o aniversário de 34 anos, a 12ª vítima de feminicídio no Distrito Federal em 2024 foi atropelada três vezes pelo ex-companheiro Wallison Felipe de Oliveira, 29.

O pai de Juliana, José Givaldo Soares lamentou a morte da filha. “Sei que a alma dela foi para o céu”, disse, chorando, durante o enterro.

A esposa de José e mãe de Juliana, Maria do Socorro Barboza Soares, 60, está em estado grave no hospital pois também foi atingida por Wallison no dia do crime.

Ex-marido da vítima e pai da criança de 5 anos, Antônio Adonel disse que a criança está acordada e ficou com hematomas, além de quebrar uma perna. Já Maria do Socorro teve as duas pernas quebradas, além da clavícula. Ela está em estado grave e com um coágulo no cérebro.

“Na primeira pancada, a Juliana perdeu uma perna, foi seccionada e a filha quebrou uma perna também. A Juliana mandou a filha correr para que não fosse atingida pela segunda vez. Só por isso ela [a criança] sobreviveu”, contou Antônio.

Segundo ele, nem a mãe nem a filha sabem da morte de Juliana. “Ela me pergunta: e a mamãe? E eu só digo que, da mesma forma que ela, a Juliana foi vítima do mesmo acidente. Mas ela ainda não sabe da morte”, completou Antônio.

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Ex-marido de Juliana, Antônio Adonel
Juliana foi sepultada nesta quinta-feira (22/8), no Gama
Juliana foi vítima de Wallison
Wallison foi preso um dia após o crime
Wallison no momento da prisão
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O pai de Juliana, José Givaldo

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Ex-marido de Juliana, Antônio Adonel

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Juliana foi sepultada nesta quinta-feira (22/8), no Gama

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Juliana foi vítima de Wallison

Material obtido pelo Metrópoles
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Wallison foi preso um dia após o crime

Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
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Wallison no momento da prisão

Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)

Ciúmes e últimos momentos

Amigos de Juliana que estavam no velório contaram que ela e Wallison tinham terminado oficialmente havia 15 dias. Segundo eles, o homem tinha atitudes “tóxicas” com ela.

“Ele era muito ciumento, fazia mal para ela. E nós, como amigos, percebíamos que a relação não estava legal”, disse um dos amigos, que prefere não se identificar.

Uma outra amiga de Juliana contou que estava com a vítima momentos antes do crime, na festa de aniversário dela. “Ela estava muito feliz, alegre. Vimos quando ele [Wallison] foi falar com ela. Ela foi educada com ele, sem confusão”, disse.

Prisão

O feminicida, que tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), foi preso na tarde dessa quarta-feira (21/8). Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e uma espingarda.

Quando Wallison atropelou a família, Juliana foi atingida três vezes. O crime ocorreu na Quadra 3 do Setor Sul do Gama. Depois de cometer o feminicídio e as duas tentativas de homicídio, o assassino fugiu a pé.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Metrópoles mostram o momento em que Wallison vê as vítimas caminharem pela rua. Pouco depois, ele sobe com o carro no meio-fio e as atropela.

Assista:

Depois de atingir o trio, o motorista volta e passa por cima de Juliana mais uma vez. Minutos depois, enquanto testemunhas prestam socorro às vítimas, Wallison volta com o Toyota Corolla e acerta a ex pela terceira e última vez antes de fugir.

O caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama).

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