metropoles.com

“Os fatos falam por si: houve falha”, diz ex-diretor da Abin sobre 8/1

Ouvido na CPI da CLDF nesta 5ª feira, ex-diretor da Abin disse que, “obviamente”, houve falha em 8/1 e mencionou poder de decisão da SSP-DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto
homem de barba branca com mão no queixo
1 de 1 homem de barba branca com mão no queixo - Foto: <p>Vinícius Schmidt/Metrópoles<br /> @vinicius.foto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

Saulo Moura da Cunha, ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou que, “obviamente”, houve falha em 8 de janeiro de 2023 e mencionou o poder de decisão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para atuar, com base em informações recebidas.

A fala se deu durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na manhã desta quinta-feira (26/10).

Acompanhe ao vivo:

Saulo da Cunha era diretor adjunto da Abin no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Questionado sobre falhas que teriam levaram aos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, o depoente não quis fazer avaliações sobre outros órgãos, mas defendeu a Agência Brasileira de Inteligência e destacou que a SSP-DF tinha poder para decidir o que fazer a partir dos dados recebidos.

“A informação da Abin, de inteligência, é feita para assessorar o poder decisório. Nesse caso, quem estava com o poder de decisão eram as forças de segurança do Distrito Federal. Obviamente, os fatos falam por si: houve falha. Se não, nós não teríamos a depredação das sedes dos Três Poderes”, disse.

Também questionado sobre fatos recentes relacionados à Abin, como os descobertos por meio da Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal. A força-tarefa mirou servidores da Agência Brasileira de Inteligência que usavam um programa para espionar celulares ilegalmente.

O ex-diretor comentou que só soube do software pelos veículos de comunicação. “Esse aparelho, ainda segundo a imprensa, foi desativado em 2021. Quando cheguei à Abin, havia uma correição em andamento, sigilosa e cujo conteúdo não tomei conhecimento, que apurava esse fato. Logo depois, também de acordo com a imprensa, foi aberta uma sindicância. Em minha gestão, esse instrumento não foi usado. Nunca vi esse aparelho”, enfatizou Saulo da Cunha.

Depoimento no Congresso Nacional

Saulo é oficial de Inteligência concursado da Abin há 24 anos. Ele também foi ouvido na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de janeiro de 2023, do Congresso Nacional. Aos deputados federais e senadores ele disse que atuou “para evidenciar que a Abin cumpriu os deveres funcionais e a missão institucional” em relação aos atos antidemocráticos e que, depois do ocorrido, a agência elaborou 10 relatórios.

Durante depoimento na CPMI, o ex-diretor adjunto da Abin também contradisse declaração do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, de que o militar não tinha sido informado sobre o risco dos confrontos.

Saulo da Cunha acrescentou que os primeiros informes foram enviados ao general na manhã de 8 de janeiro, por rede social. “Fiz os dois relatórios. O primeiro, em uma planilha que tinha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e, também, os alertas encaminhados por mim, pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI [Gonçalves Dias]”, afirmou.

“Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. [Determinou] que ali fossem mantidas apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem”, completou o oficial de Inteligência da Abin.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?