metropoles.com

2023: o ano de milagre para crianças à espera de um transplante

Pais comemoram os transplantes de coração que conseguiram para os filhos no ano de 2023. Para eles, apesar da luta, o ano foi de milagre

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Mulher branca com criança no colo
1 de 1 Mulher branca com criança no colo - Foto: Material cedido ao Metrópoles

“2022 foi um ano de muita luta, mas o meu 2023 foi marcado pelo milagre”, disse Laiane Souza Ribeiro, 30. Ela é a mãe de Valentina, de 1 ano e 8 meses, que, ainda recém-nascida, foi diagnosticada com miocardiopatia dilatada. Em 18 de janeiro, ela finalmente conseguiu fazer a cirurgia de transplante para receber um coração.

“Nesse ano [2023], eu vi o que não vi em 2022: eu tive a chave de estar em casa com minha filha e família, tive a oportunidade de passar o Natal em casa”, detalha Laine.

“Estou tendo a oportunidade de abraçar,  beijar e pegar minha filha quantas vezes eu quiser. Estou tendo a oportunidade de ver ela crescer saudável, de ver ela dar os primeiros passinhos.”

3 imagens
Para Laiane, 2023 foi um milagre
Valentina conseguiu o coração em janeiro do ano passado
1 de 3

Laiane se emocionou ao ver a filha em colo de Papai Noel

Material cedido ao Metrópoles
2 de 3

Para Laiane, 2023 foi um milagre

Material cedido ao Metrópoles
3 de 3

Valentina conseguiu o coração em janeiro do ano passado

Material cedido ao Metrópoles

Na 36ª semana de gestação, o médico identificou que a menina estava inchada e precisou fazer o parto urgentemente. “Ela veio ao mundo muito mal e assim os médicos descobriram que ela era cardiopata e só o transplante poderia dar qualidade de vida para ela”, conta. A corrida era contra o tempo, e entre o tique-taque do relógio e a batida cardíaca, a história de Valentina era uma saga.

Quase completando um ano da cirurgia que permitiu a Valentina sobreviver, Laiane comemorou o Natal que pôde ter com a família. “Senti uma emoção muito grande que até chorei no momento ao ver minha filha no colo do Papai Noel. Vi a alegria no olhar dela e, ao mesmo tempo, o olhar de espanto”, ressalta a mãe.

“Lembrei do Natal do ano passado, ela estava estável e de repente ficou muito mal e passamos o Natal com choro e dor no coração,  mas graças a Deus esse ano foi diferente”, conta.

Em janeiro, enquanto aguardava pelo coração, o Metrópoles acompanhou a história de Valentina. Na época, a família estava nervosa, mas tinha muita esperança de conseguir a cirurgia.

Em maio, outra reportagem foi feita sobre o tema. No dia das mães, o Metrópoles contou as histórias das figuras maternas que desejam ganhar de presente um coração para seus filhos. Naquela ocasião, no Distrito Federal havia cinco pacientes pediátricos à espera de doação de coração.

“A fila é baseada na prioridade do paciente. Pode morrer uma pessoa aqui em Brasília e o coração ir para outro lugar do país porque lá teria alguém com uma prioridade maior”, explica a médica Cristina Camargo Afiune, coordenadora clínica de transplante pediátrico do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). “No total, 60% das crianças doadoras estão à distância”, acrescenta.

A felicidade que Laiane teve, Daniel Alves pôde sentir no finalzinho do ano. Ele é pai da Sophia, que conseguiu fazer o transplante em 16 de dezembro – após uma espera angustiante de quatro meses.

“Ela nasceu em 18 de agosto de 2022. Em novembro começou a ficar cansada, perder o apetite e ter febre”, lembra o pai. De acordo com Daniel, ao levar a menina para o hospital, a equipe médica constatou que o coração da bebê estava muito grande.

Ela foi infectada pelo parvovírus humano B19, que causou uma inflamação e dilatou o coração da menina. Ainda bebê, ela passou 21 dias na enfermaria do hospital.

“Em 1º de novembro de 2023, ela teve uma oferta de um coração e foi transferida para o ICTDF, mas teve febre e a cirurgia não aconteceu”, destacou Daniel. “Em 16 de dezembro, recebemos uma nova oferta de coração compatível e dessa vez deu certo. Fizeram a cirurgia e ela segue com boa recuperação, graças a Deus”, comemora.

Para Daniel, o saldo de 2023 foi o melhor que poderia ter. “Vivemos um ano difícil com grandes batalhas, mas com grandes conquistas no final”. Em novembro, ele e a esposa tiveram o segundo filho, Gustavo, em novembro. “Esse ano passamos o Natal juntos: eu, a mãe dela e o irmãozinho”.

Daniel lembra o período de espera, mas reforça que a equipe médica do Hospital da Criança José Alencar tratou da melhor forma a família que tinha anseio pela recuperação. “Nesse período, fizeram o possível para que todos tivessem o mais confortável possível durante a estadia por lá”, destaca.

Para essas famílias, 2023 significou alcançar o impossível. Os pais viram os filhos ainda bebês ganharem um novo coração, que seguirá batendo fortemente em 2024.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?