123 Milhas: Procon suspende operação da empresa no Distrito Federal
A suspensão permanece até que a 123 Milhas comprove que atendeu a todas as reclamações dos consumidores que ainda estão abertas
atualizado
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O Procon suspendeu as operações da 123 Milhas no Distrito Federal a partir desta quarta-feira (30/8). Com a decisão, a empresa não pode vender novas passagens aéreas ou pacotes de viagens para consumidores da capital do país.
No dia 18 de agosto, a agência de viagens suspendeu a venda de pacotes de viagens e a emissão de passagens aéreas em pacotes promocionais para o período de setembro a dezembro. A linha de produtos era chamada de “flexível”.
Segundo nota do órgão, que é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, a medida cautelar foi tomada após “aumento expressivo de reclamações no DF de consumidores com problemas com a 123 Milhas”.
Desde a data da suspensão até segunda-feira (28/8), 142 pessoas procuraram o Procon-DF para reclamar da empresa. O número está perto da quantidade de queixas contra a 123 Milhas registradas em 2022 (164) e é bem maior que o total de 2021 (89).
“Neste momento, estamos recebendo uma média de 30 consumidores diariamente, com problemas com a empresa. A proibição total da operação da 123 no DF tem viés preventivo e busca impedir que ainda mais consumidores da capital venham a ter seus direitos violados”, disse o diretor-geral do Procon-DF, Marcelo Nascimento.
A suspensão permanece até que a 123 Milhas comprove que atendeu a todas as reclamações dos consumidores que estão abertas no órgão.
Recuperação judicial
Na terça-feira (29/8), a 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial. O requerimento foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O valor da causa foi estabelecido em R$ 2,3 bilhões.
O pedido foi protocolado por causa de fatores “internos e externos” que “impuseram um aumento considerável” dos passivos da companhia nos últimos anos. A empresa afirma ainda que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.
Além do CNPJ da 123 Milhas, entram no pedido de recuperação as empresas Art Viagens, de suporte para emissão de passagens por milhas, e a Novum, holding que detém 100% do capital da agência de viagens.