Que tal brilhar de glitter biodegradável no Carnaval?
É só um pouquinho mais caro que o material tradicional – o preço extra vale a consciência tranquila, e a natureza agradece
atualizado
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Adoro uma purpurina! Exagero mesmo no brilho do Carnaval! Mas, recentemente, a ciência descobriu que o glitter é uma das coisas mais tóxicas aos seres humanos e ao meio ambiente – e não dá mais para brincar de consciência tranquila sabendo disso, né?
Isso ocorre porque o glitter, na verdade, é um microplástico. E plásticos cortados de forma tão pequenina acabam escoando na água do banho, chegando ao nosso sistema aquífero e indo morrer na praia. Nos oceanos, os peixes confundem o produto com comida – já que ele tem o mesmo tamanho e forma de seus alimentos habituais. Ingerem-no e se intoxicam. E a gente, por nossa vez, adora comer um peixinho cheio de plástico, não é mesmo?
O efeito do microplástico no corpo dos animais, no entanto, já é claro. Além da intoxicação alimentar, o glitter pode entrar nas brânquias dos peixes, atrapalhando sua respiração e levando até à morte. A pior notícia? Cientistas já encontraram plástico no organismo de criaturas aquáticas de TODA a cadeia alimentar.
No lado do otimismo: nós não precisamos ser parte desse problema. Já existe glitter biodegradável, ou seja, se dissolve na água e não maltrata o meio ambiente nem o nosso corpo. E ele só é um pouquinho mais caro que o brilho tradicional – o preço extra vale a consciência tranquila.
Em Brasília, a loja da Conspiração Libertina, na CLS 315, vende potes de glitter orgânico de R$ 13 a R$ 25 (além de tatuagens feministas removíveis maravilhosas para usar nos blocos, #ficaadica). Se for longe para você, também é possível comprar on-line e mandar entregar em casa, por meio de sites como este – pagando precinhos de banana, como R$ 10.
Vamos mudar o mundo, começando por este Carnaval?