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Comparar prisão de bolsonaristas a campos de concentração é banalizar Holocausto, diz entidade

Em nota, Confederação Nacional Israelita pede respeito aos 6 milhões de mortos, vítimas do Holocausto e dizem: “Não compare o incomparável”

atualizado

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Frame e vídeo mostra judeus vítimas do holocausto - Metrópoles
1 de 1 Frame e vídeo mostra judeus vítimas do holocausto - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Vídeo

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou, por meio de nota, as comparações feitas por bolsonaristas presos na Academia da Polícia Federal – acusados de atos terroristas – com os campos de concentração na Europa, onde milhares de inocentes foram torturados e mortos durante os horrores do Holocausto.

Segundo a entidade, as alusões são “completamente indevidas” e que o atual momento não pode ser comparado com os trágicos episódios do nazismo, que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus”.

As críticas da confederação se referem a publicações, viralizadas em redes sociais por ativistas políticos da extrema direita, inclusive parlamentares, que criticam a forma com que mais de 1500 pessoas, retiradas de acampamentos montados em frente dos Quartéis-generais do Exército há dois meses, foram tratadas pela Polícia Federal, responsável pelas prisões.

“Essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes. A Conib, inclusive, criou uma campanha contra a banalização do Holocausto, para que possamos entender melhor as verdadeiras dimensões dos fatos e assim contribuir para um melhor entendimento do presente”, conclui a nota.

Em um vídeo de 2 minutos, a Conib mostra fotos fortes, de judeus aglomerados em campos de concentração. Entre elas, 1 milhão de crianças.

A mensagem final pede que as pessoas não façam exatamente o que bolsonaristas têm feito nas redes sociais, insistentemente:

“Antes de sair comparando situações do cotidiano com o Holocausto, pare e pense: e se fosse com a sua família? Não compare o incomparável. Não banalize o Holocausto. Não explore o genocídio para ganho político. Fazer da crueldade algo corriqueiro gera um mundo onde a maldade é soberana e todos são vítimas em potencial, inclusive você”.

Nas filmagens, uma sobrevivente do Holocausto, identificada apenas como Sra. Rita, diz que perdeu tantos amigos e 42 pessoas da família.

Assista:

Fundada em maio de 1948, a Conib é a instituição que representa, atualmente, 120 mil judeus, sendo a segunda maior entidade com este foco na América Latina. Um dos pilares da instituição é o combate à intolerância e ao antissemitismo, a defesa da justiça social e do diálogo inter-religioso.

Leia a nota da Conib na íntegra:

“Conib condena alusões ao Holocausto no momento atual

A CONIB, Confederação Israelita do Brasil, repudia comparações completamente indevidas do momento atual com os trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto. Essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes. A CONIB inclusive criou uma campanha contra a banalização do Holocausto, para que possamos entender melhor as verdadeiras dimensões dos fatos e assim contribuir para um melhor entendimento do presente”

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