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Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país, que já atinge 67,7% da população com a imunização completa, a expectativa do mercado é de aquecimento no comércio em 2022. De acordo com um relatório elaborado pela EMIS, plataforma digital pertencente ao Grupo ISI Emerging Markets, a perspectiva é de que o volume de vendas no varejo brasileiro cresça 3,8% neste ano.
A crescente digitalização de empresas do ramo varejista – que fez com que, segundo dados da Sondagem do Comércio, feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), as vendas realizadas por meio do e-commerce representassem 21,2% do faturamento total do varejo em 2021, ante a 9,2% no período anterior à pandemia de Covid-19 – é uma tendência que deve se consolidar de forma cada vez mais célere, segundo especialistas do setor.
Nesse sentido, desenvolvendo e aprimorando a cada vez maior presença do digital no comércio, ganha força para 2022 o chamado omnichannel, que consiste na integração dos canais off-line e on-line nas estratégias de vendas das empresas. Este modelo híbrido “phygital” (ou “figital”, em um termo aportuguesado), que une o “físico” com o “digital” aponta, ainda, para novas possibilidades, como a utilização do metaverso nas ações de vendas de companhias que já atingiram um maior grau de desenvolvimento tecnológico em suas estratégias comerciais.
Omnichannel
De acordo com o estudo “Carat Insights: Projeções para o Varejo 2022″, realizado pelo Instituto Locomotiva, a omnicanalidade é algo cada vez mais presente no cotidiano do consumidor brasileiro: 70% dos respondentes da pesquisa disseram que já compraram em lojas físicas para receber em casa e 88% acreditam que as lojas físicas e on-line devem ser ainda mais integradas.
Outra pesquisa recente sobre o assunto, realizada pela empresa especialista em tecnologia para o varejo Linx, indicou que as experiências de compra que integram os meios físico e digital aumentaram durante a última Black Friday. Segundo o estudo, levando-se em consideração apenas a sexta-feira de descontos, a modalidade pick-up in store (quando o cliente compra de forma on-line e retira o produto na loja física) cresceu 139% em relação ao mesmo período do ano passado, ao passo que o chamado ship from store (em que o consumidor realiza a compra on-line e o pedido é entregue a partir da loja física mais próxima do endereço) teve um crescimento de 44%.
Para Guilherme Mello, CEO da Loopa, empresa de tecnologia financeira, os clientes tendem a, cada vez mais, valorizar “experiências completas de consumo”. Assim, a integração entre os pontos de venda físicos e digitais configura-se como uma das principais tendências para o varejo em 2022. “Adotar este processo será pré-requisito para ter um negócio de sucesso”, afirma.
O executivo avalia que “para gerenciar tantos canais de vendas”, o empreendedor deverá contar com o apoio da tecnologia, “com ferramentas automatizadas, sobretudo de gestão financeira, capazes de o ajudarem no dia a dia, trazendo mais praticidade e agilidade para a tomada de decisão”.
Metaverso
Para o CEO da Loopa, além disso, o surgimento de tecnologias inovadoras, como metaverso, deverá impactar os negócios “como um todo”, moldando, de forma revolucionária, as novas configurações do varejo. “Essa tendência mostra que o empreendedor varejista deve ficar antenado na transformação digital para não ficar para trás”, diz
Um estudo da Bloomberg Intelligence indica que as possibilidades de negócio geradas com a utilização da tecnologia do metaverso poderá atingir a cifra de US$ 800 bilhões (cerca de R$ 4,5 trilhões) em 2024. Para especialistas, com experiências de RA (Realidade Aumentada) e RV (Realidade Virtual) os consumidores poderão, por exemplo, explorar marcas e produtos a partir de suas próprias casas, sem precisar se dirigir às lojas físicas para experimentar novos produtos antes de realizar as compras.
Para mais informações, basta acessar: www.loopa.digital
Website: http://www.loopa.digital