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Vacinação é uma das ações da saúde pública que mais colabora com a diminuição de doenças imunopreveníveis

As vacinas não só protegem as pessoas que as recebem, mas também as pessoas da comunidade que não podem ser vacinadas. Quem puder, deve ser vacinado.

atualizado

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No Brasil, a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, representou um progresso de grande relevância para o panorama da saúde pública. O PNI oferece para a população idosa em seu calendário nacional de vacinação e em Campanhas Nacionais de Vacinação cinco tipos de vacinas, sendo estas: difteria e tétano (dT), hepatite B, febre amarela, influenza e pneumocócica 23 (Pn23), disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Partindo da premissa de que as alterações imunológicas associadas ao envelhecimento tornam os idosos mais propensos às doenças, inclusive às preveníveis por vacinação, a oferta de programa de vacinação torna-se vital. Nesta abordagem, apesar dos programas de imunizações darem ênfase à população idosa, ainda não alcançaram os índices observados no Calendário de Vacinação da Criança. Com isso, os profissionais da saúde vêm tomando medidas de promoção e prevenção da saúde, orientando e estimulando a população idosa quanto à necessidade e importância do uso desse recurso de comprovado custo/benefício.

Embora a eficácia das vacinas seja comprovada, os eventos adversos pós-vacinação são uns dos principais fatores que causam aversão nos idosos, resultando na possibilidade de não adesão à imunização. Esse fato pode ser agravado porque na medida em que a cobertura vacinal aumenta e a doença diminui, aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinação e, em consequência, diminui a adesão à vacinação, contribuindo para o ressurgimento das doenças já controladas.

Um estudo realizado em Campinas, São Paulo, com 1.517 idosos, mostrou que 36,7% desta amostra acreditava que a vacina provoca reação, sendo este um dos motivos pelo qual os idosos não tomavam a vacina (influenza). Num outro estudo, realizado no Município de Petrolina, Pernambuco, com 30 idosos, sendo 15 vacinados e 15 não vacinados contra a influenza, observou-se entre os não vacinados que mesmo conhecendo a finalidade da vacina (prevenir doenças) não aderiram à imunização devido aos seus eventos adversos.

Os eventos adversos pós-vacinação são o surgimento de qualquer episódio clínico indesejado após a vacinação e que, nem sempre, está relacionado com a aplicação de vacina. No entanto, existe a possibilidade do risco de eventos adversos pós-vacinação e a gravidade dos mesmos ser inferior ao das doenças contra as quais atuam.

Conforme a gravidade, os eventos adversos pós-vacinação são classificados em: evento adverso não grave, eventos não inclusos no evento adverso grave e evento adverso grave, sendo considerados graves aqueles que demandam internações por pelo menos 24h, causam sequela, anomalia congênita, risco de morte ou morte.

Parte desses eventos pode se relacionar momentaneamente à utilização da vacina, mas não representar uma relação causal com a mesma, pois outras exposições ou causas atribuídas indevidamente às vacinas podem ser relatadas, o que exige a atuação da vigilância sanitária na notificação, estudo e investigação dos casos, especialmente quanto aos eventos graves e moderados.

Entendendo a necessidade do monitoramento desses eventos, em 1998, foi inaugurado no Brasil o Sistema Passivo de Vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinação, tendo como finalidade manter a segurança e a adesão à vacinação. Para que os eventos adversos não comprometam as ações do programa de imunização e cause redução das coberturas, bem como a insegurança epidemiológica de toda a população, são necessárias a notificação e a investigação de toda e qualquer ocorrência de eventos adversos pós-vacinação. Salienta-se, ainda, a necessidade de identificar e analisar os eventos adversos pós-vacinação que mais acometem os idosos resultando em internações.

Fonte: https://doi.org/10.1590/0102-311X00084820

Website: http://www.farmabit.com.br

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