metropoles.com

Tratamento pode reduzir mortalidade do infarto agudo em até 26%

Revascularização completa – e não apenas a limitada à artéria “culpada” – é o procedimento mais efetivo, diz dr. Marco Perin

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles

A mortalidade de pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio cai em até 26%, dentro do primeiro ano após o tratamento, quando este não se limita apenas à desobstrução da artéria “culpada” pelo infarto, afirma o cardiologista intervencionista Marco Antônio Perin. Segundo ele, o dado consta de estudos recentes, e o tema foi discutido em outubro, durante encontro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

“Há muito tempo sabemos que o melhor tratamento para pacientes com infarto agudo do miocárdio é a angioplastia coronária. O que discutimos é se devemos tratar todas as artérias com obstruções importantes ou apenas aquela que foi a causa direta do infarto”, afirma Perin.

A angioplastia coronária é um procedimento não cirúrgico para restabelecer o fluxo sanguíneo da artéria que, ao se fechar, causa o infarto. Após a desobstrução da coronária, o paciente recebe um stent – uma prótese em formato de tubo, feita de metal, que a mantém aberta.

“Já existem vários estudos para avaliar essa condição. O mais recente deles demonstrou que a revascularização completa – ou seja: o tratamento de todas as lesões importantes – durante a mesma internação, ou em até 30 dias a partir da ocorrência do infarto, é a melhor estratégia”, afirma.

COVID-19

O cardiologista dr. Marco Antônio Perin lembra que a COVID-19 impôs cuidado redobrado aos pacientes com doenças cardíacas: “A prática mostrou que as pessoas, temerosas de contraírem COVID-19, acabam postergando cuidados e tratamentos que exijam uma consulta presencial, e isso resulta em casos que chegam à unidade de saúde em situação crítica”.

Além de instabilizar e agravar condições cardíacas já existentes, segundo artigo recente publicado no periódico internacional especializado em saúde The Lancet, a COVID-19 aumenta o risco de inflamação do músculo do coração (condição conhecida como miocardite) em pacientes de qualquer idade.

“É importante que as pesquisas sobre as melhores técnicas e os melhores tratamentos para cuidar de doenças cardíacas não sejam interrompidos durante a pandemia. A busca por uma vacina e os programas de vacinação que já começaram em alguns países, os desafios logísticos e políticos envolvidos, os efeitos de longo prazo – tudo relativo à COVID-19 continuará a ocupar os espaços de conversas e debates por muito tempo ainda”, lembra o cardiologista dr. Marco Antônio Perin.

De acordo com dados recentes da OMS (Organização Mundial de Saúde), doenças cardíacas já são há 20 anos a causa número um de mortes no mundo: no ano passado foram 9 milhões – correspondentes a 16% do total de mortes por qualquer causa.

Website: http://www.pcicardio.com.br

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?