Compartilhar notícia
A rotina de espera por um transplante é um momento de emoções divididas. Foi assim que Daniele Regina Bastos, 33 anos e transplantada pâncreas-rim há 1 ano e dois meses, descreveu a fase que antecedeu sua cirurgia. “A esperança é da cura, mas com um misto de desgaste por passar um ano nas sessões de hemodiálise tradicional”, relata.
Entretanto, nem sempre foi assim. A paciente conta que, após esperar um ano na fila do transplante e dependendo da hemodiálise tradicional, iniciou uma nova terapia chamada de hemodiafiltração (HighVolumeHDF®), que proporcionou a ela mais bem-estar, pois a tecnologia se aproxima muito da função natural dos rins, filtrando mais e melhor as toxinas nocivas ao organismo, o que não acontecia no tratamento tradicional.
“Depois que comecei a nova terapia, recuperei o ânimo, voltei a sair mais, a estudar. Tive minha vida normal de volta, mesmo fazendo sessões diariamente. O que era completamente diferente quando eu fazia a terapia convencional, que me deixava mais desgastada e eu usava muito mais medicamentos. Para mim, fazer uma boa diálise foi fundamental no momento do pré e pós-transplante”, afirma Daniele Bastos.
A necessidade do transplante duplo veio aos 26 anos, quando ela descobriu a insuficiência renal crônica que já comprometia a função renal. A luta de Daniela já é antiga: desde os 9 anos, ela usa altas doses de insulina por conta do diabetes tipo 1.
Em casos graves como o dela, o transplante duplo é tido como o melhor tratamento, de acordo com Pedro Tulio Rocha, nefrologista e coordenador do Programa de Transplantes do Hospital São Lucas Copacabana, onde a paciente realizou a cirurgia. “Esse transplante é mais eficaz, pois permite a substituição dos órgãos para tratar simultaneamente o diabetes e a insuficiência renal, possibilita melhor controle metabólico e, consequentemente, devolve a qualidade de vida ao transplantado”, explica o médico.
Caminho para o transplante de sucesso
Segundo Pedro Tulio, a diálise salva vidas e prepara o paciente para um transplante de sucesso: “Contar com a tecnologia da hemodiafiltração antes do transplante possibilita que o paciente chegue melhor e com mais saúde à cirurgia, pois essa modalidade dialítica promove a eliminação de mais toxinas e de maior tamanho molecular do sangue, que poderiam afetar o coração e causar infecções, levando, muitas vezes, os pacientes renais crônicos ao óbito.”.
Entre os benefícios dessa nova terapêutica, o principal está no bem-estar que ela proporciona ao doente renal crônico, já que a tecnologia permite a melhor remoção de toxinas nocivas ao organismo que não são removidas de forma completa pelos tratamentos convencionais e reduz os episódios de mal-estar durante e após o tratamento.
A tecnologia de hemodiafiltração (HighVolumeHDF®) está disponível no novo Centro de Nefrologia e Diálise do Hospital São Lucas Copacabana, no Shopping da Gávea, na zona sul da cidade, em parceria com a Fresenius Medical Care. Esta é a primeira unidade de cuidado premium de todo o estado.
“Na Europa, cerca de 20% dos pacientes em diálise já contam com a hemodiafiltração, reconhecida como a categoria de tratamento mais eficaz e que mais se aproxima da função natural do rim. Em Portugal, por exemplo, 60% de todos os pacientes em diálise realizam essa modalidade de terapia”, explica Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care.
O novo espaço conta com 20 pontos de tratamento em ambiente acolhedor e seguro, hotelaria de alto padrão e, principalmente, cuidado individualizado e humanizado com localização de fácil acesso. A responsável técnica é a médica nefrologista Elizabeth Maccariello.