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Uma das muitas dúvidas de quem está tentado engravidar é a respeito da possibilidade de ter gêmeos. As gestações múltiplas representam 1 a 2% de todas as gestações naturais. Mas será mesmo verdade que ter casos de gravidez múltipla na família tem alguma influência?
Segundo o médico especialista em reprodução humana Vinícius Stawinski, somente quando se trata da ocorrência de gestação gemelar na família da mulher e quando se trata de gêmeos não idênticos ou dizigóticos.
“Isso quer dizer que a mulher pode ter a predisposição de liberar dois óvulos por vez, em cada ciclo menstrual. Dessa forma, há a possibilidade dos dois óvulos serem fecundados e assim, gerarem dois embriões diferentes”, explica o especialista.
Os gêmeos dizigóticos, que correspondem a 2/3 dos casos, são gerados a partir de uma ovulação dupla. Ou seja, quando dois óvulos são ovulados ao mesmo tempo – um espermatozoide entra em um óvulo e outro espermatozoide vai para outro – gerando assim duas pessoas diferentes que são geradas ao mesmo tempo. É por esta razão que gêmeos não idênticos podem ser dois meninos diferentes, duas meninas diferentes ou um menino e uma menina.
“Outros fatores também podem contribuir para aumento de chances da gemelaridade, como idade materna avançada, raça negra e uso de indutores de ovulação”, aponta o médico.
E os gêmeos idênticos?
Nos casos de gêmeos idênticos ou monozigóticos, o mesmo não acontece. “Isso porque este tipo de gestação gemelar não se deve à herança genética, mas sim totalmente ao acaso! Acontecem quando um único óvulo foi fecundado e, nos primeiros dias de vida de desenvolvimento, esse embrião se divide em dois e gera duas pessoas idênticas”, afirma o doutor. “As pequenas diferenças dos gêmeos monozigóticos são produto da interferência do fator ambiental sobre o desenvolvimento deles”.
Quais as chances de ter gêmeos em uma Fertilização in Vitro?
O médico especialista Vinícius Stawinski pontua que a chance de uma gestação gemelar é muito variável, dependendo da idade da mulher, do número de embriões colocados, e da qualidade dos embriões. “Pode ser tão baixa quanto 1%, quando colocado apenas um embrião, ou tão alta quanto 30 a 40%, quando colocado dois blastocistos – que são embriões com cinco dias de vida – em mulheres com idade entre 20-25 anos”, afirma. “Mas o importante é observar que mesmo transferindo dois embriões, a probabilidade de ter gêmeos é muito inferior comparada às chances de ser uma gestação única”.