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As soluções tecnológicas desempenharam papel primordial na sociedade com o avanço da pandemia de covid-19. Na área educacional não foi diferente. Com a necessidade de isolamento social e quarentena, escolas, professores e alunos recorreram a diferentes ferramentas para manterem as aulas e o aprendizado em dia. A questão é que, diferentemente do que muitos pensam, a tecnologia não é importante apenas durante o avanço da doença, mas também neste momento de transição, em que diversos estados e municípios começam a projetar o retorno às aulas presenciais.
Fica o dilema: como adequar o conteúdo pedagógico para atender tanto os estudantes em sala de aula quanto aqueles que continuarão tendo aulas remotamente nas próximas semanas? Em São Paulo, por exemplo, o protocolo de retomada do governo do estado prevê aulas presenciais a partir de 7 de outubro, desde que sejam autorizadas também pelas prefeituras locais – no ensino fundamental, as aulas devem voltar no dia 3 de novembro. A questão é que, entre as medidas, está a limitação da capacidade da sala, o que invariavelmente vai manter parte da turma em casa e parte na escola.
Nesse sentido, mais do que exigir jornada de trabalho dobrada do professor para dar conta de dois grupos distintos de alunos, torna-se essencial buscar ferramentas que otimizam o desempenho. Ou seja, que permitem que ele dê a mesma aula a todos os estudantes, sem perda de qualidade no processo de aprendizado entre os jovens. Videoconferências resolveram parte do problema durante a pandemia, mas não devem ser mais a única alternativa. É necessário pensar em modelos que consigam transportar o que está sendo mostrado na sala de aula para a tela do computador do aluno que está em casa.
A boa notícia é que, atualmente, já existem soluções que possibilitam a projeção do conteúdo que está sendo mostrado presencialmente em sala de aula para aqueles que estiverem na frente da tela do computador – sem qualquer perda de qualidade e/ou diferença de exibição. Fotos, mapas, documentos, entre outros recursos audiovisuais, podem proporcionar nova experiência de aprendizagem, uma vez que, por meio dessas projeções, é possível utilizar recursos interativos, tanto para quem está na sala de aula quanto para aqueles que estão nas residências.
A tecnologia que tantos professores e alunos temiam no início da pandemia não se revelou um bicho de sete cabeças, afinal. O que se vê é justamente o contrário: o corpo docente se acostumando cada vez mais à utilização de ferramentas digitais para potencializar o processo de ensino. Pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Avançados, da Universidade de São Paulo (USP), mostra que 70% dos professores se sentem aptos a desempenharem as funções com mediação da tecnologia e 80% acreditam que a atuação como docente vai mudar para melhor no pós-pandemia.
O mundo se transformou bastante com o novo coronavírus. Novos hábitos suplantaram velhos conceitos. Na educação, abre-se a oportunidade que faltava para que as soluções de tecnologia finalmente auxiliem professores e alunos no desenvolvimento da aprendizagem. Não se trata de a máquina substituir o homem. Pelo contrário, é a possibilidade de expandir as habilidades, permitindo focar aquilo que ele mais sabe fazer: compartilhar conhecimento com novas gerações de cidadãos.
* Rodrigo Reis é Diretor comercial e sócio da Reis Office, empresa de soluções para impressão, digitalização, transmissão e armazenamento de documentos – e-mail: reisoffice@nbpress.com