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Desde o início da pandemia de Covid-19, o segmento de viagens corporativas apresentou retração à medida que eventos foram cancelados e que as empresas expandiram o uso de soluções digitais para a realização de reuniões de negócios. Passada a fase mais crítica, o setor apresenta recuperação, com o faturamento em setembro chegando a R$ 453,4 milhões – uma alta de 96% em relação a setembro de 2020, conforme dados da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas).
Ainda de acordo com a entidade, a recuperação é ainda mais expressiva (118%) se levados em conta os números referentes ao terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Em agosto, além disso, o segmento já havia faturado 11% a mais do que em julho, resultado positivo, mas ainda 62% abaixo do percentual registrado em 2019. No mês em questão, as viagens de negócios foram responsáveis por nada menos do que 65% de todos os voos realizados, segundo anunciado pela Abracorp.
Paralelamente, a Agência Brasil divulgou os resultados obtidos pelas companhias aéreas em agosto, quando foram realizadas 1.680 viagens diárias. Do total, o segmento corporativo foi responsável por 1.090 viagens a cada dia, cerca de 32 mil voos ao longo do mês.
Como gerenciar e reduzir despesas em viagens corporativas?
Segundo Leonardo Bastos, CEO da Kennedy Viagens – empresa que atua com viagens corporativas -, os resultados comprovam o fato de que, embora as viagens de negócios sejam sensíveis a fatores externos, as crises não são permanentes. Para o empresário, seguindo algumas medidas, é possível reduzir os gastos em viagens empresariais em um contexto de crise econômica. Estabelecer uma política que se encaixe na necessidade do negócio, além de acompanhar e gerir todos os custos, nesse sentido, é o primeiro passo a ser dado.
“É preciso negociar com as companhias aéreas, hotéis e locadoras de carros e ficar atento às passagens não utilizadas, para pedir a reutilização. Também é necessário eliminar o controle manual e automatizar tudo em um sistema online”, explica.
O CEO destaca que, considerando o contexto de lenta recuperação, vale implementar um programa de ‘duty of care’, que consiste em um conjunto de ações e obrigações para manter o bem-estar, a segurança e a integridade dos colaboradores.
“O gestor de viagens deverá saber onde o viajante está para que, caso algo aconteça, a empresa seja capaz de abrir um plano de risco e resolver a situação”, observa. Para tanto, prossegue Bastos, é importante concentrar a demanda de viagens em um sistema unificado que permita a gestão de localização automática.
“Poucas empresas se preocupam em fazer um seguro viagem, o que é muito importante, especialmente quando o colaborador não tem plano de saúde, já que o seguro representa menos de 0,8% do valor da viagem”, complementa.
O especialista reforça que com um programa de ‘duty of care’ estruturado o funcionário poderá viajar com tranquilidade, na certeza de que, se houver algum problema, a empresa estará preparada para oferecer o suporte necessário. “O que também é bom para a companhia, que não terá problemas com demandas trabalhistas no futuro”, afirma.
Segundo o TST (Tribunal Superior do Trabalho), há 959 mil ações trabalhistas tramitando no país. Dados do Termômetro Covid-19, da Justiça do Trabalho, apontam que foram contabilizados 168.827 processos entre os meses de janeiro de 2020 e janeiro de 2021, com pedidos de indenização que somam R$ 17,08 bilhões e valor médio de R$ 101.201 por causa.
Para finalizar, o CEO destaca que os colaboradores devem ter transparência na hora de apresentar os gastos com base nas políticas da empresa. “Considerando o contexto de crise econômica, é necessário prestar atenção a cada detalhe, que pode fazer a diferença para o sucesso da sua viagem corporativa e da sua empresa como um todo”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://corporativo.kennedyviagens.com.br