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O recente megavazamento que expôs mais de 223 milhões de CPFs na internet tem chamado atenção para os golpes cada vez mais comuns na web. Com a pandemia e o isolamento social, crimes virtuais têm se tornado mais frequentes. Segundo relatório “Atividade criminosa online no Brasil”, divulgado pela Axur, empresas de monitoramento e reação a riscos digitais na internet, em 2020, cibercriminosos roubaram cerca de 400 milhões de credenciais que passaram a ser comercializadas na dark web, espécie de submundo da internet. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o custo global das violações de dados até o final de 2021 será de US$ 6 trilhões.
Enquanto as investigações são realizadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), algumas medidas podem ser tomadas como prevenção. Segundo Raul Oliveira, profissional de tecnologia da empresa brasiliense Tecnisys, é importante evitar informar dados pessoais em e-mails ou sites desconhecidos, assim como em ligações telefônicas. “Os criminosos criam um contexto para forçar as vítimas (pessoas físicas) a fazerem algo que, aparentemente, não parece ser errado. Após o golpe com injeção de códigos específicos conseguem capturar dados”, explica o especialista.
Segundo Oliveira, boa parte dos brasileiros ainda têm muita dificuldade para identificar mensagens maliciosas e sites falsos, o que aumenta a vulnerabilidade diante desses golpes, principalmente entre quem ainda não está totalmente familiarizado com a internet.
Empresas seguras
O especialista ressalta a importância dos cuidados por parte das empresas também que podem sofrer ataques ocasionando enormes prejuízos. “A manutenção preventiva é essencial. Boas práticas de segurança como: atualização de software, controle de acessos, auditorias nos mais variados níveis fazem parte de comportamento defensivo de sucesso”, comenta.
O especialista lista algumas dicas de como se proteger:
– Manter todos os componentes atualizados – Android, Windows, iOS, entre outros;
– Sempre utilizar software de fornecedores confiáveis;
– Não confiar em “receitas” milagrosas para soluções;
– Buscar soluções de segurança confiáveis;
– Evitar soluções gratuitas que normalmente são pagas;
– Não clicar em e-mails e mensagens com remetentes desconhecidos;
– Validar a origem das mensagens recebidas.