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Saúde mental na pandemia: como as empresas podem apoiar os profissionais?

Com crises na saúde, economia e política, o desequilíbrio emocional se faz mais presente e ainda é reforçado pelo isolamento social

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Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o mundo todo vem enfrentando uma drástica mudança de rotina e comportamento. As empresas foram impactadas diretamente e tiveram que aderir ao modelo home office, enquanto as pessoas, por sua vez, tiveram que se adaptar a esse novo formato de trabalho, muitos pela primeira vez.

Com crises na saúde, economia e política, o desequilíbrio emocional se faz mais presente e ainda é reforçado pelo isolamento social. Com isso, cresce a preocupação de empresas e da sociedade em relação à saúde mental dos profissionais no mercado.

É importante que algumas adequações sejam realizadas para que esse “novo normal” funcione agora e no universo que teremos pós-pandemia. A saúde mental deve ser uma um dos itens de maior preocupação por parte das corporações, que devem treinar seus líderes e explorar novas ações a fim de mitigar os impactos emocionais nas suas equipes.

O Dr. Leonard Verea, médico formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália, e especialista em Psiquiatria e Medicina Psicossomática e Hipnose Clínica, explica como líderes podem motivar e manter um clima organizacional positivo, mesmo diante desse cenário adverso.

1 – Saúde mental é responsabilidade

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão e até 2030 essa será a doença mais comum no país. A Síndrome de Burnout ou esgotamento profissional também vem crescendo como um problema a ser enfrentado pelas empresas e, inclusive, foi reconhecido pela OMS como uma doença relacionada ao trabalho. De acordo com um estudo realizado em 2019, cerca de 20 mil brasileiros pediram afastamento médico no ano por doenças mentais relacionadas ao trabalho. Diante do panorama atual, a tendência é que essas questões se intensifiquem.

“As empresas buscam por resultados positivos e quando o colaborador se sente motivado e seguro, produzir com qualidade é algo natural, da mesma forma que profissionais insatisfeitos e estressados tendem a impactar negativamente o negócio. Por isso, a saúde mental dos profissionais deve ser cada vez mais uma preocupação”, explica o especialista, que também ressalta: “É importante que o empregador tenha o interesse constante em saber como as pessoas, que são seu maior ativo, estão se sentindo. Esse cuidado cria vínculos e faz com que o profissional se sinta amparado. Compreender e respeitar os limites é essencial para um bom desempenho”.

2 – Atenção às cobranças excessivas

Uma boa gestão conseguirá manter a dose certa aqui, afinal, ter um clima organizacional positivo, mesmo à distância, faz com que a empresa mantenha a qualidade do fluxo operacional. “É fundamental que exista um limite de tolerância, principalmente em um cenário adverso e inusitado como o atual. Todos estão, de alguma forma, se sentindo pressionados, mas os líderes precisam enfrentar a difícil tarefa de encontrar um equilíbrio entre a saída da crise e a produtividade dos colaboradores. Um profissional que tem confiança e autonomia desempenha suas funções com mais qualidade”, diz o Dr. Verea.

3 – Reforço à transparência

Este é um momento de insegurança e medo, mas as companhias podem apoiar seus colaboradores a passarem por ele sem se sentirem ainda mais perdidos em um mar de novas informações.

De acordo com o psiquiatra, reforçar a transparência agora é importante para que os profissionais se mantenham tranquilos em relação ao andamento dos negócios e a manutenção de seus empregos. “Quando a empresa deixa claro a situação do colaborador dentro da organização e como os gestores estão conduzindo a crise, as pessoas se sentem mais seguras e, portanto, mantêm o rendimento. Prezar pela transparência, portanto, não só garante a estabilidade da corporação, como apoia seus profissionais diante de um cenário de incertezas”, comenta.

4 – Foco no engajamento

O que move as pessoas é a junção do desejo, necessidade e motivação, e o que as mantêm unidas é a disciplina. Com o isolamento social, focar no engajamento do time tornou-se ainda mais necessário.

“As empresas devem criar uma relação saudável com os colaboradores, que realmente funcione como uma parceria. Não temos mais espaço para competições e falta de iniciativa porque apenas com pessoas engajadas conseguiremos alavancar os negócios e deixar essa crise para trás. É fundamental que as organizações se atentem a esse movimento e busquem maneiras de manter seus profissionais motivados e unidos”, explica o Dr. Verea.

Algumas companhias já estão investindo em ações diferenciadas durante a pandemia, como o envio de kits com itens de happy hour, e realização de aniversários ou café da manhã por chamada de vídeo, reunindo os colaboradores para comemorar em um momento que os assuntos de trabalho ficam de lado. Sem dúvidas essas e outras iniciativas contribuem para a manutenção do bem-estar e engajamento.

Website: http://www.verea.com.br/

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