Queda de cabelo afeta a autoestima: tratamentos clínicos na tricologia são opção
O cabelo, para muitas pessoas, impacta diretamente na autoestima. Quando algum problema acontece, a preocupação costuma ser alta. A partir deste instante, a busca de quem encara a perda definitiva ou a queda parcial é para encontrar a solução mais eficaz
atualizado
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Nem a pandemia foi capaz de frear o desejo e a procura por tratamentos capazes de combater a perda definitiva ou a queda de cabelos. De acordo com uma recente revisão sistemática — análise de inúmeros estudos científicos sobre um mesmo tema—, um grupo de pesquisadores dos EUA, Suécia e México avaliou o efeito de longo prazo da COVID-19 em mais de 47 mil pacientes recuperados e estimou a prevalência de cada sintoma registrado. Entre os sintomas de relevância, a perda de cabelo atinge 25% dos pesquisados. A análise foi publicada na plataforma MedRxiv.
O cabelo, para muitas pessoas, impacta diretamente na autoestima. Quando algum problema acontece, a preocupação costuma ser alta. A partir deste instante, a busca de quem encara a perda definitiva ou a queda parcial é para encontrar a solução mais eficaz. A tricologia (área da dermatologia que estuda as doenças dos cabelos e do couro cabeludo), por exemplo, pode ajudar a recuperar os fios de cabelos, tendo relação direta ou não com a Covid-19.
Dados de um estudo recente realizado pela ISHRS – International Society of Hair Restoration -, apontam que o cabelo é o atributo físico que mais afeta a autoestima, ficando à frente do peso, da má aparência e da ortodontia estética. O estudo também concluiu que cerca de 62% dos participantes concordam que o cabelo é importante para a carreira, e quase 75% dos homens que sofrem com perda capilar sentem-se menos confiantes, especialmente ao lidar com o sexo oposto. Estas são apenas algumas das percepções populares que as pessoas têm e que sublinham a importância do cabelo na sociedade contemporânea.
Hoje, há procedimentos e tecnologias avançadas que, quando associadas à excelência de médicos especialistas em tricologia e transplante capilar, são capazes de entregar resultados extremamente positivos nos mais variados casos. São inúmeras formas de combate preventivo ou posterior à perda de cabelos, conforme explica o dermatologista especialista em tricologista, Dr. Osório Lara da clínica Speranzini. “Além da indicação cirúrgica de transplante capilar, quando os tratamentos clínicos funcionam bem antes ou depois do procedimento, podemos destacar o ajuste na alimentação, a ingestão de suplementos capilares, a aplicação de medicamentos no couro cabeludo e, também, o uso de medicamentos específicos”.
Já de acordo com a tricologista da Clínica Guardiões do Cabelo, Dra. Luísa Groba, fatores genéticos, alterações hormonais, estresse, alimentação inadequada e, até mesmo, excesso de química são alguns dos motivos que levam a uma alteração do ciclo normal do cabelo. “O cabelo deve receber atenção especial o tempo todo. Cuidados preventivos constantes são importantes no enfrentamento de eventuais problemas, independente da origem”, ressalta a dermatologista.
Para ilustrar o tema de como a tricologia pode ajudar a recuperar os fios, os médicos Osório Lara e Luísa Groba destacam alguns tratamentos clínicos que, aplicados de forma independente ou associada, são aliados no controle da queda ou retomada do crescimento dos cabelos.
MMP
O MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele) segue em alta entre as soluções mais procuradas para controlar a calvície. É o que mostram os números da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Este procedimento é indicado para alopecia androgenética masculina e feminina, alopecia senil e eflúvio telógeno crônico. O ideal é começar o tratamento ao primeiro sinal de enfraquecimento e/ou queda dos cabelos. Utiliza-se uma máquina que infunde medicamentos na pele para tratamento contra a calvície. Diferente de medicamentos por via oral, pelo fato de ser local, este procedimento praticamente não tem efeito colateral sistêmico.
Para cada caso é usada uma medicação específica. É possível combinar medicações ou ativos na mesma aplicação. As medicações utilizadas devem ser estéreis, por exemplo: finasterida, dutasterida, minoxidil, vitaminas, fatores de crescimento e bimatoprosta, entre outras.
Capacete de LED
É um “upgrade” do boné de LED, de uso doméstico. O capacete de LED de uso profissional é mais potente e visa o tratamento da alopecia e do enfraquecimento dos fios. Por meio da emissão de uma luz vermelha, o aparelho fornece energia que colabora diretamente para a melhoria da irrigação sanguínea do couro cabeludo, com consequente melhora da nutrição e saúde dos folículos.
Podem ser aplicadas substâncias após a irradiação, que se espalham, estimulando os folículos a manterem o cabelo mais tempo em fase de crescimento, melhorando a espessura, qualidade, força e brilho dos cabelos. Além disso, as luzes de LED têm ação de acelerar e melhorar a cicatrização, controlar a inflamação e o avermelhamento, no pós-operatório.
É recomendado submeter-se às sessões de LED três vezes na semana. Cada sessão tem duração de 15 minutos. O capacete abrange quase toda área do couro cabeludo e, dessa forma, abrange o maior número de células tronco dos folículos.
Tratamento via oral
Finasterida – A finasterida em comprimido está indicada para o tratamento de homens com alopecia androgênica, para evitar que os cabelos grossos afinem prevenindo assim, a evolução da calvície.
Espironolactona – É um medicamento geralmente indicado para o tratamento da hipertensão e distúrbios edematosos, no entanto, por ter um efeito antiandrogênico, o médico pode prescrever este medicamento para o tratamento da alopecia androgenética em mulheres. A espironolactona age retardando a progressão da calvície feminina e promove o crescimento dos fios, podendo ser usada sozinha ou associada ao minoxidil para potencializar o crescimento do fio.
Shampoos fortificantes
Na prática, os shampoos fortificantes são bons coadjuvantes no tratamento da queda de cabelo. Eles têm a função de limpeza, embelezamento dos fios, tratamentos de couro cabeludo e de danos as hastes capilares. Normalmente, pacientes com calvície difusa possuem o couro cabeludo mais oleoso, que pode ser pela doença causadora do quadro, como síndrome dos ovários policísticos, alopecia androgenética ou por medicações que são indicadas no tratamento.
Para finalizar, Dr. Osório e Dra. Luísa alertam: “Não se automedique. Consulte sempre um médico especialista. Cada pessoa tem dose e posologia específicas, além de contraindicações que somente o dermatologista, sobretudo o especializado em tricologia.”
Website: http://www.clinicasperanzini.com.br