Compartilhar notícia
A educação financeira sempre foi um tema distante do dia a dia dos brasileiros, fato que reflete no número de endividamento das pessoas. Em outubro de 2020, por exemplo, 66,5% das famílias brasileiras estavam com problemas financeiros, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Entre os jovens, o número também é alto. Segundo pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) de 2019, quase metade (47%) dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não controla suas finanças pessoais. Entre as principais justificativas, 19% afirmaram não saber como fazer o controle financeiro, 18% disseram sentir preguiça e outros 18% não têm o hábito ou disciplina de tomar conta do dinheiro. O estudo mostra como, mesmo fazendo parte de um grupo que, em sua maioria, cresceu em um ambiente digital e com acesso a grande quantidade de informação, a educação financeira ainda não é algo natural para esse público.
No entanto, recentemente esse cenário começou a mudar. Desde 2020, a educação financeira se tornou um tema obrigatório na grade curricular das escolas brasileiras pelo BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o assunto entrou mais em evidência.
Existem, inclusive, aplicativos que ajudam esses jovens a terem uma melhor organização de suas finanças, como o que foi criado pela startup Blu by BS2. Com a aquisição de 10% da Blu pelo Grupo Atmo, o aplicativo passa a fazer parte do dia a dia dos alunos e será uma ferramenta para impulsionar hábitos saudáveis de consumo e poupança dos adolescentes.
Para Gustavo Frayha, sócio do Atmo Educação, o aplicativo dá tração ao objetivo de aliar educação financeira às ações e experiências da vida real, além de permitir que os estudantes tenham essa vivência de forma lúdica. “Estamos trazendo aos nossos alunos uma ferramenta que estimula a interação saudável com o dinheiro. Eles aprenderão a lidar com sua mesada desde bem jovens”, comenta.
Marcos Figueiredo, cofundador da Blu by BS2, ressalta que o aplicativo traz um complemento às matérias de educação financeira passadas em salas de aula. “A metodologia busca desenvolver cinco competências básicas: ganhar, planejar, reservar, consumir e doar. Ao passar por este ciclo, o jovem vai ganhando confiança e tem maior propensão a se tornar um adulto mais consciente a respeito de suas finanças”, explica. Além da parceria educacional, os pais dos alunos que quiserem aderir aos serviços financeiros da Blu receberão desconto nas mensalidades do app.
Dar um valor fixo para que o adolescente aprenda a administrar seu próprio dinheiro traz bons resultados. De acordo com um levantamento feito em 2020 pela Blu, adolescentes que recebem mesada poupam até cinco vezes mais, em comparação aos que recebem dinheiro de forma esporádica.
Website: https://www.bancobs2.com.br/