metropoles.com

Qualidade do sono: choro do bebê nem sempre é fome

Segundo o “Estudo Longitudinal de Pais e Filhos de Avon” (ALSPAC), projeto de pesquisa de longo prazo em saúde que registrou mais de 14.000 mulheres grávidas em 1991 e 1992 e acompanha a saúde e o desenvolvimento dos pais, filhos e netos.

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles

Segundo o “Estudo Longitudinal de Pais e Filhos de Avon” (ALSPAC), projeto de pesquisa de longo prazo em saúde que registrou mais de 14.000 mulheres grávidas em 1991 e 1992 e acompanha a saúde e o desenvolvimento dos pais, filhos e netos, a irregularidade do sono nos bebês pode provocar distúrbios mentais nos futuros adolescentes. A conclusão foi feita pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Mas, como identificar e reverter esse problema no bebê? O choro pode ser um indicativo de fome, nascimento dos dentinhos ou pode ser falta de uma regularidade no sono?

Essas são dúvidas frequentes que as consultoras do sono infantil, sócias-fundadoras da Ensinando a Sonhar, Jéssica Thuannie e Luciana Sales, recebem de pais e mães. Mas, segundo elas, é possível detectar que muitas vezes a razão do choro do bebê pode estar na falta de um sono reparador e restaurador.

“Sempre escutamos dos pais conselhos que recebem de seus familiares, dizendo que vai passar, que é só uma fase, ou que a criança dorme mal por conta da gengiva estar irritada pelo nascimento dos dentes… O erro mais recorrente dos pais é o excesso de mamadas para conter o cansaço excessivo da criança pela privação de sono. Isso pode prejudicar até mesmo o equilíbrio emocional e a introdução alimentar do bebê”, destaca Luciana Sales.

Segundo ela, é comum que os choros noturnos sejam acalmados com a amamentação, “porque o bebê precisa mamar de madrugada durante os cinco, seis primeiros meses de vida, porém o problema é quando essa equação não acompanha o desenvolvimento da criança e o mamar para dormir se torna uma condicionante para o sono.”

Luciana explica que o choro por falta de um bom equilíbrio na rotina de sono é especificamente aflorado durante a noite e sua origem pode ser observada a partir da frequência e duração das sonecas e do nível de estimulação das atividades diurnas. “É preciso observar, porque isso não é uma fase e pode piorar com o tempo.”

Quem exemplifica essa situação é a Danielle Rios, mãe do Bento de três anos e da Manuella de dois meses, que enfrentou problemas com o sono do filho até os 18 meses. “Ele tinha o peito como associação de sono. Com isso, acordava oito vezes por noite, em média! Eu estava um bagaço!”

A Consultora do Sono Infantil, Jéssica Thuannie, elencou dicas para tranquilizar os pais e mães e trazer mais atenção para a qualidade e frequência do sono nos pequenos: “Veja junto com o pediatra o ganho de peso da criança na curva de desenvolvimento. Entenda qual é a necessidade do seu filho, veja se faz sentido a criança se alimentar ou não com tanta frequência. Organize a rotina diurna: quanto mais cansado e/ou estimulado o bebê ficar durante o dia, menos dormirá à noite. E lembre-se que a partir dos seis meses de vida, o bebê já tem reservas para dormir 10 horas seguidas e, caso isso não aconteça, é importante buscar ajuda para se trabalhar num plano de redução de mamadas noturnas.”

Excesso de mamadas prejudica o emocional e a independência do bebê

Jéssica Thuannie fala exatamente o que foi vivido pela mãe Danielle. As consequências do excesso das mamadas. “A mamada acalma a criança. Mas, quando o choro vem da falta de sono, isso prejudica o bebê. O excesso de leite materno pode causar refluxo, dificultar a introdução alimentar e desregular a fome do bebê, que ficará condicionado a mamar mais no período da noite e/ou nas madrugadas.”

Jéssica chama a atenção para a dependência emocional do bebê no momento de dormir, o que pode ser prejudicial para pais e filhos/as. “O contato com a pele e o aconchego do colo, se transformados numa necessidade para que o bebê durma, pode prejudicar o equilíbrio emocional da criança. Sem independência para dormir, o nível de irritabilidade da criança pode aumentar e, com isso, o choro vem. Se essa relação não for transformada a partir de mudanças na rotina e nos hábitos da família, pais e mães podem se emaranhar num ciclo de cansaço e impaciência. O emocional da criança poderá então ficar comprometido, pois ela sentirá falta desse contato durante a noite.”

Caroline Constante, mãe da Maria Clara de um ano e dois meses, viveu essa situação, mas construiu uma rotina comprometida na regularidade do sono da filha. “Quando a Maria tinha dois meses, eu não entendia porque ela dormia mal e pouco. Por que era tão difícil fazê-la dormir e mantê-la calma quando estava acordada. Entendi que precisava ajudá-la a adormecer de forma mais independente, pois ela tinha muitas associações de sono! Quando ela completou 7 meses eu consegui!”

Ensinando a Sonhar

Luciana e Jéssica são consultoras do sono infantil, sócias-fundadoras da Ensinando a Sonhar, formadas pelo International Parenting and Health Institute (IPHI) e pelo Family Wellness International Institute (FWII), ambos dos E.U.A, e educadoras parentais pela Escola da Parentalidade Positiva de Portugal.

Realizam atendimento personalizado para pais que enfrentam problemas com filhos que não dormem bem. Para ampliar e democratizar o método exclusivo da Ensinado a Sonhar, elas criaram um curso online que já ajudou mais de 7.000 famílias a melhorarem o sono de seus pequenos e de todos na casa.

Contatos: contato@cursosonodobebe.com.br
contato@ensinandoasonhar.com.br

Ascom: Studium Eficaz Comunicação (31) 9.9968-0652

Website: http://www.ensinandoasonhar.com.br

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?