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Entender as etapas do processo de Fertilização In Vitro pode ser fundamental para dar tranquilidade aos casais que desejam engravidar e não conhecem o tratamento. Saber o que acontece desde a coleta de óvulos e espermatozoides até o desenvolvimento dos embriões ajuda a dar segurança para aqueles que vão se submeter ao procedimento. O avanço de cada etapa da FIV é cercado de muita expectativa pelos casais, especialmente na última etapa. “A transferência embrionária é a última fase do processo de fertilização In vitro e, por isso mesmo, é sempre permeado de muita ansiedade, já que o resultado pelo sucesso ou não de uma gravidez se aproxima”, destaca o Dr. Alfonso Massaguer, especialista em Reprodução Humana e diretor da Clínica Mae.
A mulher passa pela fase de transferência embrionária, de 3 a 5 dias depois da coleta dos gametas feminino e masculino e fecundação destes em ambiente de laboratório. Isso, quando não se tratar de material genético congelado. O número de embriões a serem transferidos para o útero varia de acordo com o perfil da mulher e com a avaliação do médico responsável, levando-se em conta, principalmente, a idade da mãe e a receptividade de seu endométrio.
O que diz o Conselho Federal de Medicina sobre a transferência de embriões
O Conselho Federal de Medicina orienta que sejam transferidos no máximo 4 embriões, mesmo porque, quanto mais embriões forem transferidos, maiores são as chances de gestação múltipla, o que pode ser sinônimo de risco à saúde da mãe e dos bebês.
O número de embriões transferidos no procedimento sofre variação de acordo com a faixa etária da mãe:
– Até 35 anos de idade: um ou dois embriões.
– De 35 a 37 anos de idade: dois embriões.
– De 37 a 40 anos de idade: três embriões.
– A partir dos 40 anos de idade: quatro embriões.
Os cuidados na transferência dos embriões
No momento da transferência, alguns cuidados são observados. “É preciso que a mulher esteja de bexiga cheia, para que o útero fique reto e o aparelho de ultrassom possa identificar melhor as imagens, já que uma visão nítida é essencial para a colocação correta do embrião dentro do útero da mulher”, explica o especialista. O Dr. Alfonso destaca que a transferência embrionária é completamente indolor, sem necessidade de aplicação de anestesia na paciente. “Para se ter uma ideia mais precisa, o desconforto gerado na colocação lembra a realização de um exame de Papanicolau”, simplifica.
A mulher não deve mudar a rotina
Feita a transferência embrionária, a vida da mulher deve transcorrer normalmente, assegura o Dr. Massaguer. Mesmo porque, segundo ele, o processo se assemelha a uma rotina natural de gravidez. A mulher, portanto, pode continuar a estudar, trabalhar e praticar exercícios. “O que se recomenda é que se evite situações de estresse profundo, além de esforços físicos demasiados. Cumpre salientar que o acompanhamento médico é indispensável, com recomendações específicas de acordo com as características da mãe”, finaliza o médico.
O Dr. Alfonso Massaguer é Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros da Espanha e Canadá.
Mais informações: www.ageimagem.com.br
Website: https://www.clinicamae.med.br/