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O abuso psicológico é um grande responsável pela geração de traumas na infância, no desenvolvimento pessoal e até mesmo futuramente no âmbito profissional. Nesse momento de quarentena, é notável que a maioria dos responsáveis e crianças já estejam saturados da rotina em casa, o que pode acarretar a prática de abuso psicológico, mesmo que de forma não intencional. Pensando nisso, a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga dá algumas dicas fáceis de como os pais/responsáveis devem agir no ambiente familiar, a fim de evitar essa prática e tornar os relacionamentos em casa emocionalmente saudáveis.
Segundo a psicopedagoga, é preciso elaborar uma rotina mínima de tarefas domésticas a serem realizadas pelas crianças sozinhas ou com o auxílio do responsável e também atender a rotina das atividades escolares. Ainda nessa construção, considerar os momentos de brincar de maneira livre e em família (juntos).
Ana Regina comenta que se morarem em casa, podem explorar a área externa. “Seja um jardim, uma grama, garagem para brincar e respirar um ar puro em alguns momentos do dia”. Ou caso residam em apartamento, verificar se existe a possibilidade de ficar na varanda ou na sacada (com segurança, preferencialmente se tiver tela de proteção) e utilizar esse espaço para momentos de brincadeiras e leituras. Ana também afirma que o diálogo deve ser sempre parte da rotina da família para evitar pendências emocionais e psicológicas nesse processo.
Ela reforça ainda que os adultos devem sempre ter bom senso e a consciência do volume de atividades que uma criança suporta realizar e também a carga emocional envolvida nas demandas, sejam elas com as tarefas dentro de casa ou com as atividades escolares.
E para finalizar, a profissional comenta que os responsáveis devem compreender que a quarentena atinge emocionalmente todas as pessoas, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. A instabilidade emocional pode estar presente em vários momentos, por isso é importante não haver sobrecarga de demandas e cobranças nesse período. “É relevante considerar o tempo dedicado dessa criança às aulas on-line ou pela TV para não extrapolar seus limites e ocorrer à falta de interesse e concentração. Outra orientação é conversar e sempre explicar para a criança os novos modelos e desafios chegados com a quarentena”, conclui a psicopedagoga.
Crédito foto: Cintya Hein.