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Com a crise hídrica e o enorme potencial em recursos naturais do país, o Brasil se tornou um chamariz de pessoas e empresas interessadas em impulsionar a energia sustentável. A energia solar, por exemplo, representa 2,2% da matriz elétrica brasileira, mas a expectativa é que alcance 2,6% ainda este ano, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Dados do Boletim Mensal de Energia do mês de agosto apontam que a geração de energia solar pode chegar a 18 TWh em 2021 – um crescimento de 67% em relação aos 10,7 TWH de 2020. Desse total, a geração solar distribuída terá o maior crescimento, em torno de 125%, gerando 10,8 TWh em 2021 ante 4,8 TWh em 2020.
Dentro desse grupo de entusiastas estão empresários do segmento de criptoativos. Na contramão do discurso que ressalta o impacto que a mineração de criptomoedas está causando no meio ambiente, por conta do aquecimento global, os desenvolvedores da Light DeFi decidiram criar um token que pudesse estimular a criação de usinas de energias sustentáveis, como a de energia solar.
Três meses após seu lançamento e com mais de 20 mil usuários no mundo todo, a Light DeFi firmou a compra de um terreno de 17 hectares no Ceará para a construção de uma usina fotovoltaica. A expectativa é que o projeto saia da planta no primeiro trimestre de 2022 e gere, inicialmente, 2.5 MegaWatts de energia, o equivalente ao consumo de aproximadamente 1300 casas.
Segundo Germano Sales, um dos desenvolvedores da Light DeFi, esse é um passo importante para estar alinhado com o 7º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que fala sobre “garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”. Sales reforça ainda que o movimento vai contribuir bastante com a economia da região, uma vez que vai gerar empregos diretos e indiretos. “Nossa estimativa é que, na primeira parte do projeto, cerca de cerca de 80 empregos sejam criados”, afirma.
O desenvolvedor explica que a proposta é que 5% de toda transação do token seja destinada para criação e desenvolvimento de projetos sustentáveis. “Nossa expectativa é, no futuro, aumentar a capacidade dessa primeira usina, além de construir outras pelo mundo”, destaca.
De acordo com Rocelo Lopes, especialista em blockchain e advisor da Light DeFi, a iniciativa surgiu em um momento em que se intensificaram as discussões acerca dos gastos de energia elétrica pela mineração de criptomoedas – que, mesmo sendo irrisórios quando comparados aos gastos de energia de outras atividades relacionadas ao mercado financeiro tradicional, por exemplo – o setor de energia sustentável começou a perceber a blockchain como forma de assegurar transparência aos processos e reforçar seus compromissos para o aumento da geração de energias sustentáveis e a consequente redução de emissão de poluentes.
Website: https://www.lightdefi.org/