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Por que a mulher ainda é tão desvalorizada pelo mercado de trabalho?

Falar em equidade é maravilhoso. Mas é preciso oferecer condições para que as mulheres exerçam as suas funções.

atualizado

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O mês de maio é marcado por duas datas importantes: o Dia do Trabalhador e o Dia das Mães. Datas com sentidos bem próximos.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres saltou de 25% em 1995 para 45% em 2018, devido, principalmente, ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Ou seja, quase metade das casas brasileiras são chefiadas por mulheres.

A conquista da mulher pelo mercado de trabalho se deu por volta do século XVIII, durante a Revolução Industrial. Ela deixa de cuidar apenas da casa para somar a essa função a responsabilidade de ser também o sustento da família. Uma dupla jornada, envolvida pelos desafios da maternidade e pela desvalorização de um mercado que não se adaptou para receber a mão de obra feminina.

Para Luisa Moraes “falar em equidade é maravilhoso. Mas é preciso oferecer condições para que as mulheres exerçam as suas funções”, diz a advogada especialista em previdência privada.

Isso para ter ficado ainda mais evidente na pandemia. Embora os efeitos secundários da Covid-19 tenham sido sentidos pela população como um todo, eles são ainda mais devastadores para as mulheres. De acordo com pesquisa divulgada pela plataforma Workana, 48,3% das mulheres com carteira assinada afirmam estar cuidando dos filhos, sendo que esse número entre os homens é de 11,1%. “As mães também foram as mais afetadas pelo desemprego durante o contexto pandêmico. No Brasil, o contingente de mulheres fora do mercado de trabalho aumentou 8,6 milhões. Não é preciso falar mais nada se analisarmos esse cenário”, alerta Luisa Moraes.

As mulheres estudam mais que os homens, 8,1 anos contra 7,6 anos possuem renda 4,5% menor. Ocupam apenas 19% dos cargos de gestão nas empresas brasileiras, 26% das posições de diretoria, 23% de vice-presidência e 16% nos conselhos. Apenas 13% das empresas possuem CEOs mulheres. Porém, um dado importante contrapõe todos esses números: três a cada quatro empresas que investem em equidade de gênero (investem e oferecem condições para que elas de fato trabalhem) alcançam aumento de 5% a 20% nos lucros.

“Mas por que a mulher ainda é tão desvalorizada pelo mercado de trabalho? Porque falta olhar para ela sem pré-conceito, enxergá-la genuinamente, por completo. Falta dialogar, falta flexibilidade, falta compreender que a mulher é capaz de conduzir uma jornada dupla – casa e trabalho – com tamanha e inquestionável eficiência! Falta oferecer a mulher condições ideias para que ela exerça as suas funções, falta dar a ela o lugar que ela merece, que lhe é de direito, que é mérito”, conclui a advogada.

Website: http://www.luisamoraesadvogados.com.br

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