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Pandemia trouxe mais afeto e ligação intensa para os lares

Educar não é instintivo e também não basta se autoconhecer para educar bem. Educar exige conhecimento. Com o coronavírus, a missão de fazer cidadãos de bem ficou ainda mais árdua.

atualizado

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Pesquisas recentes revelaram que 33 milhões de brasileiros sofrem com o esgotamento causado pela pandemia, segundo estudo realizado pela International Stress Management Association feita no primeiro semestre de 2020. Mas entre os aspectos considerados negativos e positivos, 72% dos adultos afirmaram estar se sentindo mais próximos dos filhos e esperam manter essa proximidade uma vez que a quarentena tiver terminado.

As restrições provocadas pela quarentena do novo coronavírus fizeram com que se passasse mais tempo em casa, ou seja, todos juntos. Para muitos pais, tais provações se converteram em tempo de qualidade. Mas para ter uma boa convivência e até preservar a saúde, especialistas recomendam seguir as regras de cordialidade e ter empatia. Cada um, adulto ou criança, está vivenciando o isolamento de maneira diferente e é preciso respeitar as diferentes maneiras de enxergar o momento atual.

Desde março, pais e mães tiveram de se reinventar durante esse período. Houve então um processo de adaptação do cotidiano. Aproveitar o tempo juntos de forma produtiva, com atividades lúdicas e olhando verdadeiramente para as crianças são desafios das famílias desde que o mundo se deparou com a Covid-19.

Uma birra no meio do dia pode ser estresse da criança que já não tem sociabilidade nem os amigos da escola ou familiares com quem brincar. Enquanto que para os pais, um rompante de mau humor pode ser justificado pela confusão casa e escritório, agora tão intrínsecos.  Explicar para os pequenos que mesmo estando em casa, o momento destinado ao trabalho precisa ser respeitado. O desafio é poder estabelecer uma rotina adequada de trabalho, adaptar a casa aos serviços antes desempenhados no estabelecimento comercial e, ainda assim, demonstrar amor e cuidado.

A escritora Telma Abrahão, autora do livro “Pais que Evoluem” que foi lançado em 9 países e está na lista dos mais vendidos no Brasil, afirma que concessões são necessárias: “Encarar nossas limitações, ainda que elas provoquem dor e sofrimento, abre espaço para que novas sementes sejam plantadas no solo fértil da vida. A pandemia mudou a percepção e entendimento dos pais. Pude perceber que os pais compreenderam que educar não é instintivo. É preciso compreender como as palavras e atitudes como pais influenciarão a vida dos filhos por muitos e muitos anos. “, ela revela em trechos da publicação. Com responsabilidade afetiva e cuidado, pais e filhos poderão futuramente tirar desses meses confinados grandes lições.

 

 

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