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A pandemia do corona vírus acelerou diversas mudanças que o mercado de trabalho estava testando de maneira mais tímida, tais como a modalidade de home office e as organizações tiveram que se reinventar e, setores que antes tinham certos obstáculos ao trabalho remoto, renderam-se.
E essa mudança afetou, de maneira positiva, outros segmentos da economia como, por exemplo, o serviço de transportes de veículos, também conhecidos como frete-cegonha.
Trabalho em home office
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,9 milhões de trabalhadores do país estavam em home office no mês de outubro de 2020. Já o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o trabalho remoto no país durante a pandemia de Covid-19 mostra que, em novembro de 2020, o percentual de trabalhadores em home office representou 9,1% dos 80,2 milhões de ocupados e não afastados.
Além disso, a remuneração desses profissionais somou R$ 32 bilhões, correspondendo a 17,4% dos R$ 183,5 bilhões da massa de rendimentos efetivamente recebida por todos os ocupados no país. E isso acaba gerando muitos desdobramentos. Um deles é que muitos profissionais perceberam que essas condições de home office possibilitavam uma flexibilidade geográfica. Ou seja, já não era necessário morar tão perto do emprego permitindo, assim, a mudança para bairros mais afastados ou, até mesmo, para outros estados.
E foi isso que mostrou uma pesquisa da Ticket. A pesquisa revelou que 28% dos respondentes consideram mudar para outra cidade, tendo em vista a menor necessidade de deslocamento à estrutura física da empresa.
O segmento de transportadora de veículos (carro-cegonha) também cresce
Com esta mudança de perfil e de comportamento, o segmento de transportadora de veículos já percebe, desde o ano passado, um aquecimento.
Ronaldo Luis Gonçalves, sócio-fundador de uma plataforma na internet que compara preços para transportes de veiculos, explica: “Desde o primeiro semestre de 2020 percebemos o aumento da procura, por parte de pessoas físicas, por orçamentos para o transporte de veículos entre estados. As pessoas estão se mudando mais, seja para lugares mais longe dos grandes centros, ou para ficar mais perto das famílias. Com isso, optam por enviar o segundo veículo da família pelo carro-cegonha que, muitas vezes, é uma opção muito mais segura e econômica”.
Pontos de atenção antes de enviar o automóvel pela cegonheira
O especialista também pontua algumas dicas para aquelas pessoas que estão planejando fazer essa mudança: “Pela nossa experiência, percebemos que há 3 pontos fundamentais para serem levados em consideração antes de enviar o carro por uma transportadora de veículos”.
Dica 1: medidas de segurança
As questões relacionadas com a segurança têm que ser uma das variáveis que irá influenciar a escolha da transportadora.
Por isso, é necessário saber se a empresa tem licença específica. Além disso, informar-se se o veículo cegonha é moderno ou se integra uma frota muito antiga. Outro quesito interessante é verificar se a transportadora de veículos oferece um sistema de rastreamento.
Dica 2: Documentação que precisa ser providenciada para o transporte de veículo
A parte documental é fundamental para o transporte, dentro das normas, de veículos pelas transportadoras de veiculos.
No geral, são necessários os seguintes documentos:
– Documentos originais do veículo;
– Endereços completos da origem e do destino;
– Cópia do RG e CPF do proprietário do veículo;
– Telefones de contato;
– Documento de valor médio do veículo conforme a tabela FIPE;
– Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) com pagamento de IPVA em dia (atualizado).
Dica 3: Vistoria do carro
A vistoria é imprescindível para que o automóvel seja entregue nas mesmas condições nas quais ele foi recebido. Por isso, é fundamental realizar essa etapa com muita atenção e com tranquilidade. Verificar se há arranhões, amassados ou outros danos pré-existentes no veículo são ações importantes no momento da vistoria.
Uma outra dúvida muito comum para aquelas pessoas que estão pesquisando o transporte de veículos é saber o preço. Ronaldo Luis Gonçalves esclarece: “O preço vai variar de acordo com algumas questões, tais como tamanho do automóvel; valor do carro; distância; onde o veículo será recebido; onde o veículo será entregue. Mas, de maneira geral, o preço final acaba sendo mais acessível do que se a própria pessoa resolver levar o carro dirigindo entre os estados. Neste caso, envolve todo o desgaste do carro, gasolina, alimentação e hospedagem e, obviamente, a questão do tempo e da segurança”.
Mais informações: https://transportedeveiculosaopaulo.com/