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São dias de incerteza sobre o futuro, mas uma coisa é fato, o relógio não para. Diariamente novas vidas chegam ao mundo, trazendo esperança por novos tempos. A pandemia acabou por adiar o sonho da gravidez de uma a cada três mulheres no país. Agora, a dúvida dessas mulheres é se, em 2021, será seguro retomar a ideia da gestação. Parte dessas mulheres que decidiram adiar a maternidade iria passar por algum tratamento de reprodução assistida, estes, em contrapartida, estão cada dia mais amigáveis.
“Agora que estamos no início da vacinação, e os primeiros sinais de retomada estão voltando, assim como existem mais estudos em andamento sobre a Covid-19, acredito que seja mais seguro realizar o sonho da maternidade em 2021”, diz Alfonso Massaguer, especialista em reprodução assistida e diretor da Clínica Mãe, localizada em São Paulo. “Já faz algum tempo que as clínicas estão seguindo rigorosos protocolos de segurança e promovendo tratamentos mais acolhedores para casais com problemas de infertilidade”, afirma o médico.
Além disso, Massaguer lembra que ainda não existem estudos conclusivos que comprovem a transmissão vertical do vírus, ou seja, a transmissão de mãe para filho dentro do útero. “A comunidade médica ainda estuda os casos de bebês que testaram positivo para a Covid-19, mas os casos relatados até o momento foram bem raros”, assegura.
Segundo o especialista, o primeiro passo para buscar uma gestação em 2021, seja por métodos naturais ou com auxílio da medicina reprodutiva, é avaliar a saúde do casal. “É fundamental conversar com o médico sobre os cuidados necessários, histórico familiar ou sobre algum problema em uma gravidez anterior”, orienta. Para ele, a idade conta muito na tomada de decisão. “Se a mulher tem mais de 35 anos e está tentando a primeira gestação, ela deve avaliar com o médico a segurança de continuar adiando a gravidez”, alerta.
Ainda de acordo com o médico, quem deseja engravidar deve tomar alguns cuidados, e buscar por hábitos saudáveis, se alimentar bem, estar dentro do peso ideal, não consumir bebidas alcoólicas ou drogas, parar de fumar e iniciar uma rotina de exercícios. “Ter um estilo de vida mais saudável contribui para diminuir as chances de malformação fetal e nascimentos prematuros”, afirma.
Descobrir sobre o histórico familiar também pode ser importante para a saúde do bebê. “Talvez a paciente não saiba de alguma condição genética familiar, mas compartilhar essas informações com o médico é fundamental”, diz o especialista. Baseado nelas, ele poderá encaminhá-la para aconselhamento genético e identificar questões ligadas à perda de bebês ou infertilidade, por exemplo.
“Uma vez grávida, a paciente deve manter bons hábitos de saúde e visitar o médico regularmente, seguindo protocolos de segurança contra a covid-19”, orienta o especialista. “Se, após um ano de tentativas para engravidar, o casal continuar sem sucesso, eles devem procurar ajuda de um especialista em reprodução assistida”, finaliza.
Website: https://www.clinicamae.med.br/